Imitando Pilatos - Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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 O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), resolveu deixar nas mãos da direção do Partido Democrático Trabalhista (PDT) o destino de seu secretário municipal de serviços básicos, Jair Ramires, acusado de favorecer uma empresa, contratada para fornecer grama à prefeitura. Ou seja, deu uma de Pilatos.
 
Isso significa dizer que, se a cúpula do PDT entender que Jair não cometeu nenhuma irregularidade, ele permanecerá no cargo, mesmo contra todas as evidências. Pelo menos foi o que deixou transparecer o presidente do diretório municipal do partido, Ruy Motta, em matéria postada no jornal OOBSERVADOR.
 
Mesmo com um auxiliar mergulhado até a cabeça na areia movediça de uma crise que aumenta a cada dia, o prefeito comporta-se como se nada estivesse acontecendo, como se a denúncia fosse fruto da imaginação fértil do jornalista que preparou a matéria, do editor do jornal que a publicou (RONDONIAOVIVO) e dos noticiosos que a repercutiram (TUDO RONDÔNIA e OOBSERVADOR). Ledo engano!
 
Como responsável constitucional pelo bem-estar social dos munícipes portovelhenses, o prefeito deveria, isso sim, em vez de fechar-se em copas, afastar imediatamente o secretário e, posteriormente, determinar a apuração dos fatos. Mas, não! Prefere fazer o caminho inverso, qual seja entregar a um partido aliado a responsabilidade que lhe cabe como mandatário máximo do município: escolher os colaboradores com os quais deseja trabalhar.
 
A propósito, sobre a escolha dos secretários municipais, diz a Lei Orgânica do Município de Porto Velho que eles serão nomeados pelo prefeito dentre aqueles brasileiros maiores de dezoito anos e que estejam no pleno gozo de seus direitos civis e políticos. Repita-se: direitos civis e políticos!
 
Os secretários - acrescenta a Lei Orgânica - serão solidariamente responsáveis com o prefeito, pelos atos que “assinarem, ordenarem ou praticarem”. Daí o porquê de o prefeito ter muito cuidado antes de nomear alguém para um posto de mando em sua administração.  
 
De tudo o que até o momento contou setores da imprensa contra a administração Sobrinho, contudo, resulta a necessidade de a sociedade receber uma satisfação. E não há ninguém mais indicado para isso que o prefeito.
 
Lamentavelmente, faça-se justiça, o dirigente municipal não parece interessado no esclarecimento de coisas cabeludas que se têm dito a respeito de alguns membros de sua equipe.
 
O prefeito prefere apostar no jogo de empurra-empurra, que nada resolve. Pelo contrário, só contribui para aumentar, no seio da coletividade, a certeza de que ainda vai demorar muito para se ultrapassar a atual fase melancólica em que laços pessoais ou de grupos, vinculo partidário ou mero corporativismo, continuarão tornando a lei penal uma mera peça de ficção.
 
Fala-se que Sobrinho estaria apenas jogando para a arquibancada. Nesse caso, o Ministério Público pode ajudar, substancialmente, a resolver o problema, que começa a preocupar os munícipes sérios e bem intencionados.
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