O Brasil é uma grande matriz hídrica. Porém, novas usinas térmicas entram cada vez mais em funcionamento, o que eleva a emissão de gases poluentes na atmosfera. De acordo com a analise socioambiental do Plano Decenal de Expansão de Energia a– PDE 2008/2017, o Brasil terá em 2017 a menor área de armazenagem de água, o que prejudicará o abastecimento elétrico.
Para compensar essa perda, serão criadas 82 termoelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Desse total, 41 serão abastecidas a óleo combustível, derivado de petróleo reconhecido mundialmente como poluidor atmosférico Com a criação dessas térrmicas, serão mais 172% de lançamentos de gases, somando 39,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
A conclusão de gasodutos da região Norte, como o Coari-Manaus, e a liberação do Urucu-Porto Velho permitirão a redução de emissões com o desligamento de térmicas a óleo. Os gasodutos, segundo o PDE 2008/2017, reduzirão as emissões em 28,6 milhões de toneladas.
O gasoduto Urucu-Porto Velho irá reduzir os custos de geração e os níveis de poluição de energia elétrica nos estados de Rondônia e Acre. Essa medida visa a acabar com o transporte diário, pelo rio Madeira, de 1,3 milhões de litros do combustível utilizados nas térmicas, diminuindo assim o risco de acidente ambiental.
A construção aquecerá a economia local, com a possibilidade de instalação de fábricas de cimento, e as de beneficiamento de soja e de algodão, além da viabilização de um gás-químico com a implantação de fábricas de polímeros, tintas e fertilizantes em Rondônia. Privar também a criação de 3,2 mil novos postos de trabalhos e a redução do desmatamento na região amazônica, tendo em vista que o gás natural substituirá a lenha hoje utilizada na industria de cerâmica e de panificação da região Norte.