Cassol: um político odiado por adversários, mas amado e respeitado por fatia expressiva do eleitorado rondoniense Valdemir Caldas

Cassol: um político odiado por adversários, mas amado e respeitado por fatia expressiva do eleitorado rondoniense Valdemir Caldas

Cassol: um político odiado por adversários, mas amado e respeitado por fatia expressiva do eleitorado rondoniense 
Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 
O governador Ivo Cassol já brigou com o Ministério Público, Tribunal de Contas, com sindicatos, instituições e organismos ambientais e dono de jornal. Agora, reascendeu uma rixa histórica com o Tribunal de Justiça de Rondônia, por conta de uma decisão daquela corte, que o condenou por suposta compra de votos. O imbróglio eleitoral acabou no Supremo Tribunal Federal.

 

Em passado não muito distante, ele peitou um grupo de deputados, acusando-o de cobrar-lhe propina para fazer passar seus projetos na Assembléia Legislativa. Astucioso, montou uma arapuca eletrônica para apanhar os vendilhões. E conseguiu.

Hoje, nada de braçadas pelos meandros da Casa, presidida pelo amigo pessoal e aliado político Neodi de Oliveira, o qual ajudou a eleger. A autoridade do homem é tamanha que, certa vez, chegaram a colocar, na fachada do prédio, uma faixa com os seguintes dizeres: “Assembléia Executiva”. Até o deputado Ribamar Araújo, do PT, acredita que tudo anda às mil maravilhas pelas bandas da ALE.

 

Depois de filmar os “deputados achacadores”, Cassol mandou o resultado da empreitada para o programa Fantástico, da Rede Globo. As gravações correram o país a fora e ajudou a Polícia Federal a desmontar um dos maiores esquemas de corrupção de que se tem notícia na história de Rondônia, a chamada folha de pagamento paralela, um duto usado por parlamentares, para canalizar recursos da ALE para suas contas particulares, por meio de servidores fantasmas.

À exceção de fatia expressiva do eleitorado rondoniense, que já lhe conferiu dois mandatos consecutivos de governador, difícil é encontrar alguém com quem ele ainda não tenha brigado, para fazer valer o que entende ser o melhor para o Estado de Rondônia. Nesse período, sepultou as esperanças de sindicalistas e, de quebra, levou muitos desafetos a beijarem a lona do ringue.

Semana passada, um representante da CUT, com assento no Conselho Estadual de Saúde, durante audiência pública, realizada na

Câmara Municipal, ameaçou processá-lo, se ele levasse para o hospital de Cacoal, parte do dinheiro a que tem direito o Estado, como produto da contrapartida oferecida pelo Grupo IMESA, responsável pela construção da usina de Santo Antonio, e deixasse a capital de pires na mão.

Assim é o governador Ivo Narciso Cassol, ou, simplesmente, Cassol, um administrador que parece gostar de desafios e um cidadão que se não intimida diante de adversários. Quanto mais complicada se lhe apresenta a situação, mas se sobressai à figura do político.

 

Talvez, por isso, Cassol esteja sempre na berlinda. Não é à toa que o seu nome vem sendo lembrado, com freqüência, para concorrer a uma cadeira no Senado Federal, em 2010, ao lado do cada vez mais forte candidato à reeleição Waldir Raupp.

Há pouco, uma instituição educacional, sediada no próspero município de Vilhena, concedeu-lhe o título de Professor Honoris Causa. Foi o bastante para que seus adversários deitassem-lhe o látego nos costados. Seus aliados, correligionários, admiradores e simpatizantes, é claro, responderam à altura, enaltecendo a sua habilidade política e a capacidade administrativa de superar obstáculos e emergir das cinzas, quando menos se espera.

 

Nada disso, porém, parece incomodar Cassol, que continua com a popularidade em alta no conceito de muitos rondonienses. Na capital, é venerado por demitidos (e seus familiares) do governo Bianco, recontratados em sua administração. Alguns, lamentavelmente, morreram antes. Não resistiram à pressão dos fatos.

No interior, onde costuma encarnar o estilo “Teixeirão” de administrar, colocando o saco de sementes nas costas e o entregando ao produtor, ou, então, pegando no volante da máquina e mostrando ao operador como quer a espessura do asfalto, Cassol é respeitado e admirado. Prova disso é que colocou o braço no ombro de Expedito Junior e o fez senador da República. É olhe lá se não emplacá-lo governador, em 2010. Ou a deputada federal Marinha, numa dobradinha com Raupp para o Senado. Aí, vão matar a pau os (...).
 
 
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS