Nova sede do Tribunal de Justiça de Rondônia vai ter sistema de reaproveitamento de águas pluviais
As obras de conclusão do novo prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, localizado na Avenida Farquar, Bairro Olaria, Zona Norte de Porto Velho, estão em ritmo acelerado. A nova estrutura extremamente moderna, será repleta de inovações tecnológicas, visando a economia no consumo de água, energia elétrica, telefonia e preocupação com as questões ambientais.
Um dos sistemas já implantado pelo Setor de Engenharia do TJRO (Senge) é o de reaproveitamento de águas pluviais. O método consiste em captar a água da chuva e reaproveitá-la no consumo das descargas dos vasos sanitários e irrigação do jardim externo a obra. Além disso, as águas servidas, de banheiros, copas e refeitório, também terão um tratamento específico, de modo que não poluam o meio ambiente.
Entendendo o sistema
De acordo com o Engenheiro Civil do TJRO, Paulo de Tarso Rodrigues Rodrigues, as águas pluviais provenientes da cobertura da nova Sede do Judiciário Estadual serão captadas pelas calhas, que por sua vez, as direcionará aos ralos, instalados em pontos estratégicos.
Após a captação, a água segue para os tubos de queda, que interliga com o reservatório construído no subsolo, com capacidade para duzentos mil litros.
Depois de armazenada, conforme a demanda do prédio, a água é recalcada para um outro reservatório, localizado na parte superior do prédio. Este reservatório tem capacidade para receber cento e quarenta e oito mil litros e é dividido em duas partes, sendo que metade é para armazenamento da água pluvial e a outra, para água potável.
Após serem utilizadas nas descargas dos vasos sanitários, as águas servidas serão direcionadas para a estação de tratamento de esgoto, e em seguida encaminhadas para o Rio Madeira.
Iniciativa pioneira
Paulo de Tarso Rodrigues Rodrigues, fez questão de ressaltar que o método de reaproveitamento de águas pluviais é bastante difundido nas Regiões Sul e Sudeste. Segundo ele, o TJRO é pioneiro na iniciativa. “Para se ter uma idéia, no Estado de São Paulo, existe uma legislação que obriga os prédios a adotarem esse sistema, para que haja uma racionalização de água”, frisou o Engenheiro Civil do Tribunal de Justiça de Rondônia.
Preservando o meio ambiente
Primando pela preservação do meio ambiente, o Tribunal de Justiça de Rondônia optou pela aquisição de uma estação de tratamento de esgoto de pequeno porte, onde o efluente que será lançado na outra ponta, no caso o Rio Madeira, chegará a 90% de pureza. Paulo de Tarso fez questão de enfatizar que se a administração do TJRO não expressasse tal preocupação, somente a alta vazão que possui o Rio Madeira é suficiente para sua auto-depuração, em virtude do esgoto despejado ser insignificante, conforme estudo feitos pela Empresa de Engenharia Ambiental (EEA), de Rio Claro (SP).