Grevistas do Ibama e Incra de Rondônia cercam a sede do PT estadual

Servidores em greve do Incra e do Ibama, ocuparam na manhã desta segunda(25) a frente da sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Porto Velho. >>>

Da Redação

25 de Junho de 2008 às 11:58

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Grevistas do Ibama e Incra de Rondônia cercam a sede do PT estadual

Foto: Divulgação

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Servidores em greve do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), ocuparam na manhã desta segunda(25), a frente da sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Porto Velho. Os grevistas reclamam da falta de diálogo do governo federal com as duas instituições. “O presidente Lula, que sempre defendeu os trabalhadores está dando uma clara demonstração de contradição aos seus discursos”, afirmam os servidores. Os manifestantes do Ibama, em greve desde 14 de maio, reclamam do corte no ponto, autorizado pelo presidente Lula, inclusive, entraram com uma Liminar na Justiça para garantir o recebimento dos seus vencimentos na integralidade, afirmou Julio Rosa, integrante do Comando de Greve. Segundo Rosa, desde o início da greve várias foram as tentativas de conversar com a bancada federal do PT para saber da manifestação dos mesmos quanto a MP/366 ( que divide o Ibama) porém, todas em vão. “Resolvemos fazer essa manifestação hoje, porque sabemos que os membros da bancada estão na capital. Há quase dez dias, falamos pessoalmente com a senadora Fátima Cleide no aeroporto e ela ficou de agendar uma reunia conosco. Só que até agora nada”. Ubiratan Pereira do Comando de Greve do Incra, reclama a mesma coisa. “Já conversamos com os deputados estaduais, federais e senadores as bancada do PT e até agora não tivemos qualquer posicionamento do governo quanto às nossas reivindicações. Ficamos sabendo que o governo federal não quer saber de negociação”. De acordo com Tácito Pereira, presidente do PT em Rondônia, os parlamentares estão cumprindo agenda, e os mesmos não sabiam que os servidores das duas instituições fariam essa manifestação. “Os membros da bancada não podem deixar compromissos agendados para vir dialogar com os manifestantes”, disse o presidente. MOTIVO DAS GREVES Os servidores do Ibama entraram em greve para reclamar da publicação da Medida Provisória (MP) 366, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do governo federal em que cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o qual teria como atribuições os cuidados com o meio ambiente, gestão das Unidades de Conservação, pesquisa e conservação da biodiversidade e o uso dos recursos naturais pelas populações extrativistas. Ao Ibama caberia apenas o licenciamento ambiental e a fiscalização. De acordo com o comunicado da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), o principal motivo para a criação do Instituto seria o enfraquecimento da gestão ambiental pública e principalmente dos setores de licenciamento. “Entendemos que tal medida foi imposta pelo governo em clara retaliação a não liberação da Licença Prévia para as hidrelétricas do Madeira”, cita o comunicado. Julio Rosa afirma que até o momento, apenas o senador Expedito Júnior manifestou sua opinião e declarou-se contrário a MP/366. “O senador Expedito disse que votará contra a Medida, já o senador Valdir Raupp falou que iria estudar melhor a MP”. Já os servidores do Incra, que entraram em greve há 30 dias, reclamam que há 12 anos estão sem reajuste salarial e que têm hoje salário base menor que o mínimo. O governo Federal não está cumprindo aos acordos feitos desde 2004, que prevêem a reestruturação do plano de carreiras e a suspensão do PLP 01 (Projeto de lei que impede qualquer possibilidade de correção das defasagens salariais). Outro motivo é a falta reforma agrária no país. O governo federal já acenou com um acordo, porém com um prazo de 60 dias para uma proposta de solução, condicionada ao fim da greve. Como o governo não cumpriu três acordos anteriores, os servidores não aceitaram a proposta e apresentaram uma contra proposta, que deverá ser editada, para evitar que sejam novamente descumpridos

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