PT teme efeito Nazif se palanque de Sobrinho tiver Camurça, Pedraça, Odacir Soares... - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – PMDB EM TRANSE Em que importe a intenção do prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, no propósito de preservar a atual parceria com o PMDB - consolidando-a por intermédio de uma aliança eleitoral objetivando o seu projeto de reeleição -, não são poucos os petistas que se dizem com urticária ante a simples hipótese de ter que dividir o palanque de outubro com os peemedebistas da Capital. Nesse sentido, estão sendo ajudados por uma fatia significativa do PMDB porto-velhense, que, a pretexto de maximizar os espaços da legenda num eventual segundo mandato de Sobrinho, está deixando os negociadores do prefeito sem alternativas, porquanto na avaliação dos estrategistas do PT, as propostas de participação na administração postuladas pelos dirigentes peemedebistas de Porto Velho, além de desproporcionais, chegariam a ser impertinentes, unilaterais e fantasiosas. Assim, não corre riscos elevados de incorrer em prejuízo quem apostar no malogro daquela que, ainda no começo do ano, chegou a ser considerada a mais promissora coligação de 2008 na Capital, com a esmagadora maioria dos palpites apontando para uma chapa majoritária compartilhada pelo PT e pelo PMDB. O que muita gente não sabia é que o projeto há tempos começara a azedar exatamente por aí, ou seja, pela questão da identificação do peemedebista que integraria a chapa resultante na condição de candidato a vice-prefeito. Na cabeça de Sobrinho, o nome seria o do vereador Emerson Castro, porquanto as negociações que resultaram com a sua nomeação para a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semes) deixava implícita essa solução. Até porque a vaga aberta na Câmara terminaria assumida pelo suplente Assis Raupp, sobrinho do presidente regional do PMDB, senador Valdir Raupp. De lá para cá, no entanto, o empresário Fernando Prado elegeu-se presidente do PMDB porto-velhense e, por ter conseguido aprovação do Diretório para se apresentar como pré-candidato a prefeito na hipótese de candidatura própria, tornou-se um concorrente natural de Castro na chapa pretendida. 2 – OUTROS IMPASSES Por natural, entenda-se o estratagema aí embutido: se, na hipótese de candidatura própria, Prado é a solução do partido para a cabeça da chapa, por que seria menos do que um coadjuvante num projeto de aliança? Sobrinho não aceita Prado, mas os petistas dizem que já se dariam por satisfeitos se esse fosse o único problema. Nada que, daqui até as convenções, uma boa conversa não pudesse resolver. Ocorre que, conforme fontes petistas, ao se tentar fechar um esboço para mapear as condições a partir das quais o PMDB participaria do projeto eleitoral do PT porto-velhense, além de os peemedebistas superestimarem a agremiação – aquilatando seu valor em algo muitas vezes superior ao seu peso -, outros impasses foram sendo revelados. No mais penoso deles, identificou-se uma absoluta falta de unidade, autoridade e liderança na condução dos negócios do PMDB da Capital. Ou seja, o fato de Prado estar no comando parece não passar de uma tese. Na realidade, na hora de bater o martelo no curso das negociações, os interlocutores petistas são obrigados a submeter as propostas à aprovação de mais um magote de burocratas do partido na Capital. Como todos se outorgam poder de veto, quando se pensa que um problema está resolvido volta tudo à estaca zero. Em suma, além de não se conseguir avançar nas negociações, não raro os negociadores do prefeito ficam sem saber por onde começar uma nova rodada de conversações. De acordo com as fontes petistas, uma das barreiras hoje absolutamente intransponível é uma postulação do PMDB, colocada como inarredável. Além de manter os atuais postos - a Semes e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) -, os peemedebistas exigem ocupar a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Pior: os burocratas da sigla insistem na condição de receber o setor por inteiro, de modo a exercer controle sobre o órgão segundo a expressão “de porteira fechada” - e disso não abrem mão. Conforme a coluna apurou, se já seria difícil o prefeito aceitar um peemedebista no comando da Semusa, Secretaria “de porteira fechada” Roberto Sobrinho não entrega nem para o PT. Ponto. 3 – ANGU DE CAROÇO Mas como, apesar dos pesares, o governante petista permanece interessado na aliança e nisso conta com o apoio irrestrito da liderança maior do PMDB, o senador Valdir Raupp, o leitor pode imaginar que, por essa relação de confiança entre os dois sugerir que no final todos terminarão se entendendo, já não vale a pena apostar no insucesso do projeto. É aí que a porca torce o rabo. Eis que tão assustadoramente como surgiu começou a crescer de forma desmesurada entre os petistas o receio de que possa ser reproduzido em relação a Sobrinho o fenômeno a que até hoje se atribui a derrocada da mega-coligação de Mauro Nazif na eleição passada – a união dos contrários provocando a debandada dos eleitores de ambos os lados. A preocupação dos petistas é tanto mais procedente porque ninguém é capaz de prever como, na cabeça do eleitor, vai ficar a cara de um palanque em que estarão empoleirados Fátima Cleide, Nerival Pedraça, Eduardo Valverde, Abelardo Castro, Odair Cordeiro, Fernando Prado, Tácito Pereira, Ramiro Negreiros, Roberto Sobrinho, Carlinhos Camurça e Odacir Soares – para ficar apenas em alguns ingredientes dessa maionese. Um angu que tende a ficar ainda mais encaroçado se considerado que à receita pode ser acrescentado o PDT de Jair Ramires, Edison Gazoni, Dalton Di Franco e Mário Jorge. Pelo PMDB, pondera-se que neopeemedebistas como Camurça e Soares, que os petistas e uma banda da lua têm como contrafações acabadas de Sobrinho, não influem e nem contribuem dentro da legenda. O problema - objetam os petistas - é como fazer o eleitor acreditar que políticos tão emblematicamente associados às prebendas dos governos da hora participem de um projeto de poder desinteressadamente. Ainda mais que, não obstante recém-chegados, já estão cogitados como pré-candidatos a prefeito. Enfim, com pauta para inglês ver, o PMDB de Porto Velho estará reunido nesta segunda-feira (25), num encontro a portas fechadas, reservado aos diretorianos. Não obstante a pauta diversionista, até os candirus do Madeira sabem que o assunto será o projeto de aliança com o PT. Entre os peemedebistas mais empedernidos aposta-se que, sem o PMDB, a probabilidade de um segundo turno e uma subseqüente derrota da chapa oficial imposta por um “frentão” anti-PT é por demais elevada. E que Sobrinho treme na base só de pensar em correr o risco. A ver.
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