Quem sabe faz a hora - por Paulo Andreoli

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Foto: Divulgação

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*Sou acadêmico de comunicação social e faço parte da primeira turma de jornalismo de Rondônia que se forma neste final de ano. Há alguns dias acompanho a discussão na imprensa local sobre a nossa chegada no mercado e as implicações legais para os jornalistas provisionados. *No olho do furacão está o Sinjor – Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia que está sendo acusado pela maioria dos filiados de terrorismo profissional. *Se bem me recordo, no ínicio de 2004, o Sinjor surgiu com uma proposta de um curso superior para os jornalistas que atuavam no estado e que não estavam cursando a faculdade. *Seria uma formação tipo Prohacap(curso especial ministrado para os professores leigos) e que teria a duração de 2 anos. Era a chance de correrem contra o tempo e finalizarem o curso junto com a gente, evitando assim atropelos de última hora. *A grande parceira nesta empreitada era a Assembléia Legislativa de Rondônia, que através da escola do legislativo faria um convênio com uma grande instituição de ensino (cogitou-se a Unir e UNB). *Algumas reuniões preliminares e um pré-cadastramento foi realizado. Na época o diretor da escola era o professor Moisés Oliveira (atualmente preso por ameaçar testemunhas e suspeito de roubar dinheiro público) e segundo alguns conhecidos meus, a pré-lista de futuros acadêmicos acabou gerando uma pequena mesada, com o apelido de “faz-me rir”. *A generosidade da ALE/RO e o curso superior de jornalismo patrocinado pela casa do povo naufragou no mar de lama que envolveu o legislativo este ano. *Aliás é de se pensar qual contribuição pedagógica seria dada pelo professor Moisés aos acadêmicos de jornalismo patrocinado pela ALE. *Somos mais de 40 formandos. Temos consciência do poder da palavra e das limitações impostas pelo capital. Não nos consideramos tão inexperientes assim como escreveu o jornalista Carlos Terceiro. Passamos quatro anos estudando e debatendo jornalismo. *Na nossa turma existem diversos profissionais que já atuavam no mercado e que não esperaram o caldo entornar. Fizeram o certo e correram atrás da formação superior exigida pelo Ministério do Trabalho.Aliás, a experiência destes profissionais foi de suma importância para as discussões em sala. *Imagino que nosso companheiro Carlos Terceiro tenha tido mais dificuldades no aprendizado da profissão do que nós que estamos saindo agora da faculdade. Digo isso porque deve ser complicado você iniciar um novo ofício e ir aprendendo com os erros, sem ter nenhum conhecimento prévio das teorias do exercício da profissão. *Finalizando acredito que todos os jornalistas que estão realmente atuando nas redações e assessorias e que não são formados, devem ter um tratamento especial por parte da Delegacia do Trabalho. Até porque não havia curso superior nestas paragens e todos que se encontravam provisionados estavam dentro do que a lei exigia para o exercício legal da profissão em Rondônia. *O que não pode é o sindicato da classe ficar fazendo denuncias seletivas na Polícia Federal contra membros da categoria e acadêmicos que se encontram estagiando. *Francamente senhores sindicalistas, vocês pisaram na bola e o tempo vai dizer quem estava certo nesta história. Somos focas, sim senhor. Dentro da lei.
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