*Em entrevista coletiva concedida hoje (1) à imprensa de Porto Velho, a Juíza de Rondônia, Sandra Silvestre, única brasileira de um grupo de quatro juízes de língua portuguesa que integram missão da ONU no Timor Leste, fez um balanço das suas atividades como juíza internacional.
*Há oito meses no Timor, ela abordou a história recente vivida pelos timorenses, e falou da situação atual do país, da resistência da população e dos magistrados locais, das dificuldades com a língua e da atuação da ONU.
*A Juíza também resumiu seu trabalho como professora, atuando na formação teórica e prática dos magistrados timorenses. Ela adiantou sobre um convênio firmado entre Brasil e Timor que vai possibilitar a ida de outros brasileiros para auxiliarem na reconstrução do país.
*Outro aspecto abordado pelos jornalistas e esclarecido pela juíza foi quanto à Constituição timorense e as leis aplicadas lá. De acordo com Sandra Silvestre o Timor proíbe a pena de morte mas ainda há muitas questões a serem consolidadas e em alguns casos são usadas as leis da Indonésia.
*Sandra Silvestre retorna neste sábado à Dili, capital do Timor, e permanece no país até maio de 2006, graças a autorização concedida pelo Tribunal de Justiça de Rondônia.
8SOBRE SANDRA SILVESTRE
*A juíza Sandra Silvestre está há dez anos na magistratura do estado de Rondônia. Ela pertence à Comarca de Ouro Preto do Oeste. Paralelamente às atividades como juíza, lecionou no período de 1995 a 1997 no curso de Direito da Universidade Federal de Rondônia. Também ensinou na Escola do Ministério Público, da OAB e na Escola da Magistratura Estadual em Porto Velho. De 1997 a 2004 foi professora do Curso de Iniciação para Magistrados na EMERON de Ji-paraná, maior Comarca do interior.
*Em setembro de 2004 Sandra Silvestre foi convidada pela ONU para integrar missão de paz que terminou em maio deste ano, quando foi convidada pelas Nações Unidas para permanecer no país participando de uma nova missão: a UNOTIL, que visa a reconstrução das instituições timorenses, já sem a presença das forças de paz. Ela permanece no Timor Leste até maio de 2006.