Bicampeão mundial falece em São Paulo

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Foto: Divulgação

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Um dia após o falecimento do ex-lateral-direito De Sordi, o futebol brasileiro perdeu mais um campeão mundial de 1958. Dois dias após ter sofrido um infarto, o ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves morreu, neste domingo, aos 83 anos, completados na última quinta-feira.

O eterno ídolo de Santos e Corinthians sofria com sequelas de um AVC (acidente vascular cerebral), que deixou 40% de seu corpo paralisado desde 2000. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês, desde o dia 8 deste mês, por conta de uma infecção urinária.

Bicampeão pela Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962, Gylmar teve passagensbrilhantes pelo Corinthians e Santos, clubes pelos quais atuou nas décadas de 50 e 60.

Foi o terceiro campeão mundial de 1958 que faleceu em pouco mais de um mês. Além do ex-lateral De Sordi, que morreu neste sábado, no final de julho o ex-lateral Djalma Santos também já havia falecido.

Seleção

Gylmar nasceu em 22 de agosto de 1930, em Santos - portanto, havia completado 83 anos na última quinta-feira. Ao longo de sua carreira, defendeu, além da seleção brasileira, o Santos e o Corinthians, fazendo história em dois dos maiores clubes do futebol nacional.

Ele começou a carreira no Jabaquara, chegando ao Corinthians em 1951, como contrapeso da negociação do meia Ciciá, que defendia o time da Baixada. Naquele ano mesmo ele assumiria a posição de titular da meta alvinegra e conquistaria o título paulista. Em 10 anos de Corinthians, ganhou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1953, além dos estaduais de 1951, 1952 e 1954.

Quando os anos de seca começaram no Parque São Jorge, ele se desentendeu com a diretoria e rumou para o Santos. Chegou à Vila Belmiro em 1962, aos 32 anos, e fez parte do melhor time da história santista. Com Pelé, Pepe e Coutinho, entre outros, ganhou cinco títulos do Paulistão, três Torneios Rio-São Paulo, quatro Taças Brasil, uma vez o Robertão, duas Libertadores e dois Mundiais.

Pela seleção brasileira, Gylmar fez sua estreia em 1953. Foi titular nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1966, nesta última participando de apenas dois jogos e depois sendo substituído por Manga. Aposentou-se do Santos e da seleção em 1969, aos 39 anos.

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