Bicampeão mundial não resistiu as complicações de uma infecção respiratória aguda
Foto: Divulgação
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Considerado “o maior lateral direito de todos os tempos”, o ex-jogador Djalma Santos faleceu nesta terça-feira, aos 84 anos. O bicampeão mundial pela Seleção Brasileira (ganhou as Copas de 1958 e 1962) não resistiu às complicações de uma infecção respiratória aguda – ele estava internado desde 1º de julho no Hospital Hélio Angotti, em Uberaba (MG), por ter se sentido mal após assistir à vitória do Brasil sobre a Espanha, na final da Copa das Confederações, pela televisão.
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Djalma Santos foi ídolo em suas passagens por Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR. A estreia pela Lusa ocorreu aos 19 anos, quando atuou ao lado de Julinho Botelho e Brandãozinho na derrota por 3 a 2 para o Santos, em novembro de 1948, depois de chamar a atenção nos campos de várzea de São Paulo.
O começo de carreira frustrante de Djalma Santos como volante teve uma reviravolta positiva quando ele foi deslocado para a lateral direita e passou mais de uma década na Portuguesa. “Durante 11 anos joguei na Portuguesa e não fui campeão paulista. Sempre torço para a Portuguesinha um dia chegar lá. Ela merece”, disse, assim que deixou os gramados.
Já conhecido internacionalmente, Djalma Santos trocou a colônia lusitana pela italiana. Em 1959 foi negociado com o Palmeiras e passou a fazer parte de um dos melhores elencos do seu tempo. Conquistou três títulos paulistas em uma década em que o monopólio santista, comandado por Pelé e companhia, parecia insuperável.
Djalma Santos vestiu sua terceira camisa somente em 1969, ao se transferir para o Atlético-PR. Em Curitiba, ele já não precisava mais provar do que era capaz. Mesmo assim, contribuiu com a conquista do Campeonato Estadual de 1970. Na ocasião, o Furacão estava há 13 anos sem erguer nenhum troféu.
A despedida de Djalma Santos do Futebol ocorreu já no ano seguinte de seu último título, ainda com a camisa do Atlético-PR.
Seleção Brasileira
Djalma Santos iniciou a sua trajetória na Seleção quando os torcedores ainda tentavam esquecer a derrota para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. O lateral direito estreou em um empate sem gols com o Peru, em 10 de abril de 1952. A primeira vitória foi uma goleada por 5 a 0 sobre o Panamá.
Djalma Santos foi titular nas três partidas da seleção no Mundial da Suíça, em 1954. Na partida das quartas de final, contra a sensação Hungria, ele marcou um gol de pênalti, mas não impediu a derrota por 4 a 2 e a consequente eliminação.
Na Copa do Mundo de 1958, o craque assistiu às cinco primeiras partidas do banco de reservas. Somente na grande final, contra a anfitriã Suécia, Djalma Santos substituiu o são-paulino De Sordi, que estava contundido, e ficou marcado com uma grande apresentação.
“Foi o maior momento da minha carreira aquela vitória sobre a Suécia: na casa do adversário e com a presença do Rei na arquibancada”, discursou o então jogador.
Djalma Santos ainda seria titular em mais dois Mundiais. Na campanha do bicampeonato da Seleção, em 1962, no Chile, e na Copa do Mundo de 1966, quando os brasileiros foram eliminados por Portugal, time liderado pelo atacante Eusébio.
Além do destaque dentro dos gramados, o maior ala direito de todos os tempos ainda quebrou um importante recorde pela Seleção. Djalma Santos foi o primeiro atleta a superar a marca dos 100 jogos com a camisa canarinho. Em seu currículo, constam 110 partidas, quatro Copas do Mundo (dois títulos) e três gols com a camisa verde-amarela.
O adeus de Djalma Santos da Seleção Brasileira ocorreu em 9 de junho de 1968, com vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai, no Pacaembu. Cinco anos antes, a Fifa organizou um amistoso para comemorar o centenário do futebol e da Liga Inglesa e escalou o lateral direito como único brasileiro na equipe do resto do mundo que perdeu por 2 a 1 para a Inglaterra, em Wembley.
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