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O IBOPE leva vantagem sobre todos os demais institutos simplesmente porque tem a Globo como parceira. A vantagem que me refiro é quanto à visibilidade.
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Um grande número de pessoas assiste Globo e suas afiliadas o que mantém o prestígio do IBOPE, embora seus números venham sendo questionados há muito tempo.
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Na pesquisa divulgada pela Rede Amazônica na noite de ontem, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que concorre à reeleição, aumentou a diferença em relação ao demais candidatos na corrida eleitoral.
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Essa vantagem de Hildon me parece uma lógica que não poderia ser diferente, já que o prefeito mantém um número de eleitores fiéis enquanto que todos os demais – são 14 – buscam conquistar o eleitorado.
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O que, a meu ver, merece uma análise mais profunda, são os números daqueles que buscam um eventual segundo turno. Aliás, conversei com lideranças de quase todos os partidos que também fazem levantamentos internos.
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Todos, sem exceção, questionam os números apresentados. Recebi dados internos, me pediram para não divulgar, que realmente podem fazer sentido. Vou pontuar apenas duas situações. E não adianta ficarem me mandando mensagem dizendo que eu apoio esse ou aquele. Nem perderei tempo respondendo.
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Na pesquisa do IBOPE, Breno mendes aparece com 6%. Me surpreende esse número já que ele tem uma grande visibilidade nas redes sociais. Nem precisa dizer que a internet poderá ser um diferencial importante na eleição.
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Ainda de acordo com o IBOPE, Williames Pimentel aparece também com 6%. Outro número que merece reflexão. Pimentel foi muito bem votado em 2016 e na eleição para deputado estadual em 2018 fez quase 10 mil votos. Foi o segundo candidato mais bem votado na capital.
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Apenas esses dois exemplos já merecem cautela e prudência sobre os dados, uma vez que em 2018 Marcos Rocha não apareceu nenhuma vez nas pesquisas do IBOPE, no primeiro turno, como um provável candidato com chance de ganhar o Governo.
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A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica. A margem de erro é 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 504 eleitores. A pesquisa foi realizada entre 26 a 28 de outubro. Está registrada na Justiça Eleitoral com a identificação RO-04876/2020.
FAÇAM O QUE EU DIGO
O deputado estadual Eurípedes Lebrão (MDB) foi um dos maiores incentivadores para pedir o afastamento do então deputado Adriano Boiadeiro, que havia sido acusado pela Polícia Civil de ter nomeado assessor que havia sido preso em uma operação policial.
MORAL
Lebrão dizia na época que “Boiadeiro tinha que honrar as calças e pedir para sair”. O deputado pregava a seriedade no Parlamento e o respeito que Boiadeiro deveria ter com o cargo público.
BOCA A BOCA
Segundo Boiadeiro, Lebrão também teria feito pressão sobre os demais deputados para cassarem o mandato dele. Boiadeiro chegou a ser afastado por seis meses e foi reconduzido por liminar. Ele nunca foi indiciado ou condenado pelas acusações.
CALADO
Lebrão, que foi filmado supostamente recebendo propina de um empresário, até hoje não se manifestou publicamente sobre a denúncia da PF.
OBVIEDADE
Concordo com Lebrão. Se manifestar para que? Qual seria a justificativa de se receber dinheiro que seria oriundo de propina ?
REGISTRO
Nas imagens da investigação da Polícia Federal, Lebrão guarda maços de dinheiro em uma sacola de supermercado. Em qualquer lugar sério, um cidadão com cargo público flagrado nessas condições se afastaria espontaneamente.
JUSTIFICATIVA
Os motivos seriam óbvios. Permitir uma apuração isenta ao mesmo tempo em que providenciaria sua defesa de forma tranquila. Juntando meios que poderiam ser úteis em uma provável demonstração de inocência.
PARES
Na casa onde a ética mora ao lado, o assunto não merece espaço na pauta. A Assembleia segue o regimento a passos de tartaruga e não está nem ai para o artigo 37 da Constituição Federal.
TÁ LÁ ESCRITO
A moralidade administrativa significa que o administrador no exercício de sua função, deve, sobretudo, distinguir o honesto do desonesto e não poderá desprezar o elemento da conduta.
ÉTICA ? PRA QUE?
O renomado jurista Hely Lopes Meirelles diz que a moralidade do ato administrativo constitui pressuposto de validade sem os quais toda a atividade pública será ilegítima. Ou seja, o agente público não poderá desprezar o elemento ético na sua conduta.
EM FAMÍLIA
Ainda sobre Lebrão, nunca é demais lembrar que sua filha Gislaine Clemente, a Lebrinha, está presa pelo mesmo crime, na Operação Reciclagem. Ela também foi gravada recebendo dinheiro do mesmo empresário.