Localizados a cerca de 180 km da capital, mas com acesso apenas por barco, a população vive do extrativismo e enfrenta dificuldades para escoar os produtos que cultiva
Foto: Divulgação | Fabricio na entrada do Distrito de Calama
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Na última sexta-feira, dia 28, Fabricio Jurado, pré-candidato à prefeitura pelo Democratas, viajou para Calama, distrito de Porto Velho, localizado na divisa com o estado do Amazonas. A visita durou três dias e teve como objetivo conhecer as necessidades das populações que estão mais afastadas da capital rondoniense.
Acompanhado de Valtinho Canuto, pré-candidato a vereador pelo Democratas, Fabricio conheceu de perto uma realidade difícil de ser imaginada pela maioria dos moradores da capital.
Para início de conversa, somente é possível chegar a Calama de barco. Durante as cinco horas e meia de duração do percurso, o “Expresso Calama” para em vários distritos, como São Carlos e Nazaré, para o embarque e desembarque de passageiros.
Calama está localizado na foz do Rio Ji-Paraná (Machado), sendo o último povoado de Rondônia no curso de descida do Rio Madeira. Recepcionados pelos pescadores, os visitantes chegaram por volta das 17h30 e aproveitaram o restante da sexta-feira para conversar com a população local, a qual consideraram muito hospitaleira.
No sábado pela manhã, foram de barco até o Distrito de Demarcação, uma comunidade que, apesar de estar às margens do Rio Machado, sofre com um problema relacionado justamente à água: o distrito possui apenas um poço artesiano, que pertence à agroindústria local, uma obra de compensação das usinas. A população tem permissão para utilizar a água, mas, quando a agroindústria precisa usar, corta o acesso da comunidade.
Além dessa, outras dificuldades fazem parte do dia a dia da população de Demarcação: falta acesso para o escoamento dos produtos cultivados, a energia elétrica é fornecida por uma usina térmica e o posto de saúde, que apesar de novo e bem cuidado, possui apenas um enfermeiro.
Em Calama, a realidade é um pouco diferente, porém não menos difícil. O acesso é feito por calçadas construídas por administrações passadas de Porto Velho. Algumas ainda estão boas, outras nem tanto. Existe uma escola municipal que oferece educação infantil e creche, bem como uma escola estadual do ensino médio, mas estão fechadas em razão da pandemia. O distrito possui acesso a wifi com sinal muito ruim, o que torna quase impossível a continuidade dos estudos em casa, com aulas e atividades online.
Para Fabricio, as dificuldades de acesso poderiam ser sanadas com a apresentação de um projeto de emenda parlamentar, que disponibilizaria verba para melhorar a infraestrutura de acesso aos distritos, facilitando o escoamento dos produtos e a movimentação de materiais. “Hoje, se um morador quer construir uma casa, tem que levar os tijolos e todos os materiais nas costas”, constatou Fabricio.
SOBRE FABRICIO JURADO
Advogado, nasceu em Porto Velho, em 1975, é Presidente do Diretório Municipal do Democratas.
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