CRÍTICA - Muito mais que apenas um filme baseado em personagem dos quadrinhos – Humberto Oliveira

CRÍTICA - Muito mais que apenas um filme baseado em personagem dos quadrinhos – Humberto Oliveira

CRÍTICA - Muito mais que apenas um filme baseado em personagem dos quadrinhos – Humberto Oliveira

Foto: Divulgação

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“Não confie em ninguém”, diz Nick Fury – diretor da S.H.I.E.L.D, para Steve Rogers, o Capitão América, em determinado momento do filme Capitão América 2 – o Soldado Invernal, que estreou na cidade na última quinta, 10 de abril. O que dizer de mais este trabalho da Marvel realizado a partir do universo de heróis e vilões, da qual, esta sequência que traz de volta à ação, o primeiro vingador? Nada menos que extraordinário, principalmente em comparação aos três longas do Homem de Ferro (todos abaixo das expectativas, apesar do sucesso), o primeiro Thor (que é apenas infantil), o primeiro Capitão América e Os Vingadores, até agora os dois melhores. Até agora.


Nada menos que sensacional, é a palavra que posso usar para definir o mosaico bem estruturado criado pelo estúdio para conectar todas as produções, cuja primeira fase começou com a o Homem de Ferro (2008) e encerrou com Os Vingadores (2012). Apesar de seguir cronologicamente as sequências de "Homem de Ferro" e "Thor", "Capitão América 2, no meu ponto de vista, não pode ser visto apenas como um continuação, pois apesar de dialogar com os demais personagens, seguindo o planejado pela Marvel, cada um deles tem sua própria história. Mais um ponto para os roteiristas que merecem crédito por interligarem todas as tramas.

Dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo (da série de TV "Community") Capitão 2 aprofunda ainda mais a relação entre o herói, Fury e a S.H.I.E.L.D. Steve Rogers é a encarnação do verdadeiro herói. Altruísta e capaz de morrer para salvar outra pessoa. Este personagem – apesar de ser uma propaganda ambulante dos EUA, traz consigo valores que os outros vingadores não têm ou simplesmente ignorem, às vezes, apesar de estarem do lado do bem. Rogers, criado na década de 1940, acredita em ética e patriotismo, e ética, definitivamente não faz parte do manual da famosa agência de espionagem.

Os roteiristas buscaram inspiração em vários outros filmes de espionagem, principalmente Os três dias do condor, dirigido por Sydney Pollack em 1975 e estrelado por Robert Redford, que não por acaso também trabalha no Capitão 2, interpretando um alto diretor da S.H.I.E.L.D. Muito se especulou que Alexander Pierce seria na verdade, o Caveira Vermelha, porém, é preciso assistir para saber o que acontece.

De forma hábil, os roteiristas construíram uma trama complexa com toda a primeira parte escrita para o espectador entender e apoiar o código moral do protagonista. Quando conquista a audiência, o Capitão América passa a ser colocado em situações de risco, sendo a primeira a revelação de que a organização HIDRA conseguiu se infiltrar na linha de frente da S.H.I.E.L.D (atenção para a aparição do vilão Barão Wolfgang von Strucker (Thomas Kretschmann) e dos irmãos e futuros heróis Mercúrio e Feiticeira Escarlate . Mas antes entra em cena o surpreendente tal Soldado Invernal (Sebastian Stan), que se saberá depois (caso não se conheça os quadrinhos) que faz parte do passado do Capitão América.

A partir de então o caldo engrossa e o trama apresenta várias reviravoltas, que pegarão os espectadores de surpresa. A primeira aparição do Soldado Invernal é de cair o queixo e as lutas entre ele e o Capitão América são de arrepiar. O primeiro, sob o comando da HIDRA, tem a missão de espalhar o caos, terror, repressão e pânico e claro, destruir o Capitão, que luta e acredita em liberdade, direitos e democracia.

Chris Evans, cada vez mais à vontade no uniforme do primeiro vingador, dá conta do recado e até protagoniza algumas cenas dramáticas. Para ajudá-lo a enfrentar os bandidos, Capitão América conta com a perícia da Viúva Negra (Scarlett Johansson), do veterano de guerra Sam Wilson (Anthony Mackie), que se torna o Falcão, e da agente Hill (Cobie Smulders), vista em "Os vingadores" e Agentes da S.H.I.E.L.D. Todo mundo em casa e fazendo o que mais gosta, ou seja, detonando vilões a torto e a direito.

Os irmãos Russo criaram um suspense político e aproveitam para fazer críticas nada sutis ao estilo americano de enfrentar as crises com o resto do planeta. A dureza dos conflitos, porém, é atenuada pelo humor encontrado, não só neste, mas em todas as produções Marvel. A comédia, que não é rasgada ou fora do contexto, é um ponto forte desse universo, que funciona como elemento agregador, assim como facilita a assimilação das tramas.

É preciso lembrar que o espectador deve ficar até o final dos créditos para assistir as duas cenas extras que o convidam para os aguardados "Guardiões da galáxia" (estrea marcada para agosto de 2014) e "Vingadores 2 - A era de Ultron" (maio de 2015). Sem esquecer que "Capitão América 3" já tem data de estreia definida para maio de 2016.

Com espetaculares efeitos especiais e uma ótima trama, Capitão América 2 - O soldado invernal comprova o óbvio. O primeiro vingador é, de fato, dentre todos os Vingadores, o maior e mais legitimo herói.

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