Rondônia vista com uma “diferente” aula de história

Não é aula de história, diz o jornalista no segundo parágrafo, mas é, diferente sim, como uma viagem de letras, palavras e inflexões com o único compromisso de tornar viável à linguagem da geração “internet” a rica história de Rondônia. >>>

Rondônia vista com uma “diferente” aula de história

Foto: Divulgação

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*Não é aula de história, diz o jornalista no segundo parágrafo, mas é sim, uma aula de história apresentada de forma diferente, como uma viagem de letras, palavras e inflexões com o único compromisso de tornar viável à linguagem da geração “internet” a rica história de Rondônia. Se existe aprovação entre os jovens, os mais puristas rechaçam as referências pouco aprofundadas do autor da matéria. Mas, não esqueçamos, se trata apenas de um informativo, com linguagem dinâmica, sem a preocupação de ir além de dar com extrema objetividade as miscigenações e a cultura do povo rondoniense, entrelaçada entre as raízes amazônidas, indígenas, e a influência dos povos sulistas, migrantes que vieram “cultivar” história por essas paragens, assim como os imigrantes que ajudaram a perpetuar a saga da Madeira-Mamoré. *Leia abaixo o texto de Adriel Diniz publicado no site www.overmundo.com.br, e descubra porque nem sempre história pode ser maçante. (Marcos Souza, editor de cultura) *--- *As Rondônias daqui – Por Adriel Diniz * *Um estado e duas culturas. Melhor, várias. Esse é um dos mais característicos aspectos de Rondônia. Antes de começarmos essa viagem pelo Estado, é bom ter em mente algumas palavras. Marechal Rondon, BR-364, Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Ditadura Militar, Floresta e migração. *Pois bem, tudo isso vai ser necessário para entender por que dois estados moram em um só. Não se preocupe, isso não vai ser aula de história. É só um jeito de explicar como ao cruzar a BR-364 você vai passar por lugares que parecem não estar no mesmo lugar. A BR-364 é a rodovia que corta todo o Estado de Rondônia, é a única ligação terrestre com o Brasil. Essa rodovia, como muita coisa importante daqui, foi construída na época do governo militar. Os generais queriam e conseguiram povoar a Amazônia e para isso convocaram famílias de vários lugares, principalmente do sul do país. Elas vieram. Com seus costumes, tradições e muita vontade de conquistar o sonhado eldorado. *Bem antes disso, atrás desse mesmo eldorado, no início do século XX vieram para cá os trabalhadores da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Vieram da Europa, do Caribe, dos Estados Unidos, de todo lugar. Depois da construção eles foram ficando, ficando e acabaram fundando o que hoje é a capital do Estado. Depois deles, ainda vieram os soldados da borracha, na época da Segunda Guerra Mundial e os garimpeiros de ouro nos anos de 1970 e 1980. Alguns galegos, como chamamos os sulistas, também aportaram por aqui, principalmente os que não queriam a lida no campo. *A economia dessas duas Rondônias bem diferentes não poderia ser igual. O interior é forte e pujante, pecuária e agricultura sustentam o Estado. Na capital, só o contracheque é que salva o comércio. Esse é um dos motivos de muitas das arengas entre o povo de Porto Velho e do interior. *Quer ver briga? Ligue o som. Se estiver em Porto Velho é forró. Aqueles bregas dos bons. Mas se for para o interior, não se esqueça de levar uma boa música country na bagagem. Sertanejo sim senhor. As festas agropecuárias nessas cidades são os acontecimentos do ano e reúnem gente de tudo que é lugar perto. É claro que outros ritmos e culturas podem ser vistos nesses lugares, mas um ali outro mais adiante e nada muito conectado. É como em Porto Velho, onde tem gente que nega que o forró seja a cara da cidade, mas rock não tem sexta, sábado e domingo com casa cheia, sempre. *No futebol a peleja também é grande. Só um time da capital conseguiu vencer o campeonato estadual. E o CFA até já foi extinto. Ji-Paraná é nome do papa tudo do futebol daqui. Mas sabe como é, futebol é melhor nem discutir. *Na política também a distinção é bem grande. O primeiro governador eleito era da capital, seu sucessor também. Mas desde então, só políticos do interior chegam ao Executivo no Estado. Bem, as mulheres também têm suas diferenças. Para quem gosta de loiras, branquinhas com sotaque de porrrrrrta, não há nada melhor que uma voltinha por Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena, Jaru ou Ariquemes. Mas se o negócio for morena, então vem pra Porto Velho, aqui elas são quentes como o sol e bravas com o Rio Madeira. *Foi em homenagem ao marechal Cândido Rondon que puseram o nome daqui. Isso mesmo, justo ele, um pacificador e coisa tal. Talvez seja também em sua homenagem que as diferenças entre capital e interior ficam só na gozação. Não tem guerra. O respeito a cada cultura ainda mais forte que o preconceito ou soberba étnica.
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