O ministro do Planejamento, Gestão e Orçamento, Paulo Bernardo, deve assinar até o dia 10 de novembro a portaria autorizando a realização de seleção pública para 1.700 vagas na Receita Federal. Estão previstas 700 vagas para auditores-fiscais e 1.000 para analistas tributários. São cargos já existentes que estão vagos em decorrência de aposentadorias e exonerações. Depois de publicada a portaria no Diário Oficial da União, a Receita tem até seis meses para divulgar o edital do concurso. A previsão do órgão é que o edital seja publicado em janeiro do próximo ano.
O salário inicial de analista tributário foi reajustado recentemente e é de R$ 7.095,53. Em julho de 2009, passa para R$ 7.624,56 e, em julho de 2010, para R$ 7.996,07, conforme a Medida Provisória 440, que tramita no Congresso. A remuneração no fim da carreira é de R$ 9.456,00 atualmente. A partir de 2009, estará em R$ 11.595,00.
O auditor-fiscal começa ganhando R$ 12.535,36. Em julho de 2009, o salário será de R$ 13.067 e, em 2010, de R$ 13.600. O salário final atual é de R$ 16.680, mas chegará a R$ 19.951 em 2009. A remuneração passou a ser por meio de subsídio, de parcela única, nos termos da MP 440. Não há mais vencimento básico e parcelas variáveis em gratificações e outros penduricalhos.
O último concurso da Receita ocorreu em 2005, quando foram oferecidas 2.820 vagas – 1.000 para auditores, com 76.158 candidatos inscritos (76,16 por vaga) e 1.820 analistas, com 97.250 interessados (53,4 por vaga).
Além disso, muitos servidores da carreira devem se aposentar nos próximos três anos. Existem hoje cerca de 2.500 auditores e analistas que já preencheram as condições para se aposentarem e continuam trabalhando, recebendo o abono de permanência (isenção da contribuição previdenciária). Sem contar os profissionais que completarão o tempo necessário nos próximos meses.