O Exército dos Estados Unidos mobilizou nas últimas semanas o 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (SOAR) conhecido como 'Night Stalkers' para operações no Caribe, próximo à costa da Venezuela, em um momento de aumento das tensões entre Washington e Caracas.
O grupo é uma das unidades mais secretas e altamente treinadas das Forças Armadas norte-americanas, especializado em missões noturnas de alto risco, como resgates, infiltrações e apoio aéreo a forças de operações especiais. Foi o mesmo esquadrão que participou da operação que resultou na morte do terrorista Osama Bin Laden, em 2011, no Paquistão.
De acordo com informações publicadas pelo jornal The Guardian, helicópteros da unidade foram avistados sobrevoando o Caribe nas últimas semanas, em uma movimentação interpretada por analistas militares como um sinal de pressão sobre o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
A Venezuela vive um momento de forte instabilidade política e econômica, e as relações com os Estados Unidos se deterioraram após novas sanções e disputas diplomáticas. Desde setembro, embarcações venezuelanas e norte-americanas têm se aproximado na região, aumentando o risco de incidentes.
Formado oficialmente em 1981, o 160º SOAR tem sede em Fort Campbell, Kentucky, e opera helicópteros MH-60 Black Hawk, MH-47 Chinook e MH-6 Little Bird, todos adaptados para missões secretas e voos a baixa altitude.
Com o lema 'Night Stalkers Don’t Quit' ('Os Caçadores da Noite não desistem'), a unidade mantém uma reputação de excelência e discrição. O escritor Steven Hartov, autor do livro The Night Stalkers, descreve o grupo como 'os pilotos de Fórmula 1 da aviação militar', destacando sua capacidade de operar sob condições extremas e em ambientes hostis.
O Departamento de Defesa dos EUA não confirmou oficialmente a presença dos 'Night Stalkers' no Caribe. No entanto, fontes militares afirmam que a movimentação faz parte de uma estratégia de prontidão, voltada a garantir resposta rápida a possíveis crises na região.