Estudo da Cambridge University Press confirma o domínio do PCC e CV em Rondônia
Foto: Divulgação
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A mega Operação Bloqueio Oculto, realizada na quinta-feira (28) pela Polícia Federal e Receita Federal, desarticulou um grande esquema de fraude combustível e lavagem de dinheiro através de operações de fintechs. O esquema era orquestrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) uma das maiores facções criminosas do Brasil e que se tornou multinacional.
Apesar da força do PCC e da participação em negócios legais, esse grupo criminoso não é o único no País. Estudo realizado por pesquisadores da Cambridge University Press, aponta que o Brasil tem mais de 60 milhões de pessoas submetidas ao domínio criminal. O fatiamento do Brasil mostra que todos os estados tem a presença de grupos criminosos exercendo poder sobre os moradores.
Os dados que o Rondoniaovivo teve acesso mostram que os rondonienses estão entre os 26% da população brasileira que vive debaixo da governança criminosa. Em janeiro deste ano de 2025, uma grande operação liderada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesdec) conseguiu êxito e tirou o comando de grupos criminosos dos conjuntos habitacionais populares de Porto Velho. Apesar de mortes e prisões, os grupos PCC e CV continuam como principais organizações criminosas desta capital.

O Brasil lidera na América Latina entre os países com maior percentual da população vivendo sob regras impostas por grupos criminosos. É o que revela o estudo “Governança Criminal na América Latina: Prevalência e Correlatos”, elaborado por quatro pesquisadores de universidades americanas, publicado na última semana pela Cambridge University Press.
As análises foram obtidas com base na edição de 2020 da pesquisa Latinobarómetro, levantamento realizado por uma organização chilena que faz anualmente pesquisas de opinião em 18 países da América Latina. Os pesquisadores estimam que entre 77 e 101 milhões de pessoas na região, ou 14% da população dessas nações, vivem sob governança criminal.
Quando se fala em governança criminosa, envolve o controle de diversos meios de vida nas populações sob domínio de facções. O estudo revela que a presença das facções pode causar taxas enormes de homicídios e elevar a criminalidade urbana. De outro lado, oferece o rigor do “tribunal do crime” fazendo justiça pelas próprias mãos em casos de brigas, roubos e violência doméstica. O conjunto de regras afeta todos os aspectos da vida de uma comunidade, das eleições ao acesso aos serviços públicos.

Depois do Brasil, o segundo colocado em domínio criminoso de populações é a Costa Rica, com 13% da população submetida às regras das facções, seguida por Honduras (11%), Equador (11%), Colômbia (9%), El Salvador (9%), Panamá (9%) e México (9%).
O governo brasileiro está mudando o entrentamento ao crime organizado. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, criou um projeto amplo que envolve parcerias com as polícias estaduais, mas aidna depende de aprovação do Congresso Nacional para implantar a nova dinâmica de combate às facções. Enuquanto isso, o enfrentamento vem ocorrendo através de operações da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Força Nacional (FN).
O Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas - Programa ENFOC, um dos eixos do Plano de Ação na Segurança - PAS, recentemente lançado, consiste em um conjunto de ações que tem por objetivo viabilizar uma visão sistêmica das organizações criminosas - Orcrims, gerar integração institucional e informacional entre as redes de enfrentamento das Orcrims, valorizar os recursos humanos das instituições de segurança pública, fortalecer a investigação criminal e a atividade de inteligência a fim de desarticular as Orcrims.
Na gestão do atual secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Felipe Vital, o enfretamento ao crime organizado em Rondônia vem ampliando em potencial. Com mais investimentos em tecnologia e reaparelhamento das policias estaduais, e com capacitações e treinamentos especializados, o combate está mais intenso e estratégico. Em janeiro deste ano, numa ação integrada foi feita uma mega operação que resultou na prisão de diversos prsos perigosos.

Esse trabalho também conseguiu conter o avanço da territorialização das facções, que vinham dominando os complexos habitacionais populares, causando o terror e tirando o sossego dos moradores. Os imoveis foram retomados pelos moradores e as polícias passaram a estar presentes na rotina dessas comunidades, garantindo o controle da situação.
Outra ação importante foi a implementação de novas táticas de combate pela Polícia Militar, no comando do coronel Regis Braguin. A motivação das equipes e as modalidades técnicas e operacionais da PM vem dando ótimos resultados, no combate e na manutenção da ordem em locais antes controlados pelo crime oranizado.
A solução definitiva pode vir de novas políticas pública que incluam a segurança pública como prioridade e com a ampliação de investimentos no aparelhamento e valorização profissionais dos integrantes das forças policiais.

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!