OPINIÃO: A triste realidade do livro no Brasil

Um país se faz de homens e livros. Mas parece que no Brasil, enquanto os livros envelhecem empoeirados nas prateleiras, faltam Homens com vontade política para reverter esse lamentável quadro

OPINIÃO: A triste realidade do livro no Brasil

Foto: Divulgação

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É consenso geral que o hábito de ler, além de ser uma inestimável fonte de prazer, tem o poder de ampliar o vocabulário e elevar nossa capacidade de assimilar conhecimento, entre outras coisas. Mas é consenso também que o brasileiro lê pouco e que a deficiência educacional que aflige o país prejudica a formação de novos leitores.

 

Segundo a última edição da pesquisa 'Retratos da Leitura', divulgada pelo Instituto Pró- Livro, o brasileiro lê em média míseros 2,43 livros completos por ano, 44% da população simplesmente não possui o hábito de ler e 30% nunca comprou um livro. Parece absurdo, mas não é tão difícil entender quando se olha para os dados divulgados pelo IBGE, que mostram que em 2017 o Brasil tinha o impressionante número de 11,8 milhões de analfabetos.

 

Paralelamente a isso, o mercado editorial brasileiro vem atravessando uma crise devastadora, talvez a mais séria de sua história, com grandes redes livreiras, distribuidoras e editoras deixando o país ou entrando em processos de recuperação judicial, numa tentativa desesperada de escapar da falência, que aos olhos de muitos parece inevitável. Os expressivos números de demissões e de contratos cancelados assustam aqueles que ainda resistem e, para tristeza geral, no fim do túnel não há nenhuma luz.

 

O setor até ensaiou uma reação e pequenas redes de livrarias e lojas independentes, que antes tinham que disputar espaço com as gigantes detentoras do mercado, viram, de uma hora para outra, os olhos das editoras brilharem em sua direção. Mas, infelizmente, esse movimento não é suficiente para salvar o mercado do livro no Brasil.

 

Se um país se faz com homens e livros, o que fazem os homens do poder, responsáveis por construir um país de leitores, que garantiria a sobrevivência do setor? A complexidade da questão fica clara quando nos deparamos com a realidade. Afinal, qual o motivo de querermos uma oferta editorial ampla e de qualidade em um país de analfabetos funcionais? Um país em que as casas legislativas estão repletas de semiletrados? Um país que segundo a última avaliação do PISA, divulgada pelo Banco Mundial, apresenta um quadro alarmante e trágico, onde os estudantes brasileiros demorariam 260 anos para atingir o nível de leitura dos estudantes dos países desenvolvidos?

 

Sim! Um país se faz de homens e livros. Mas parece que no Brasil, enquanto os livros envelhecem empoeirados nas prateleiras, faltam Homens com vontade política para reverter esse lamentável quadro.

 

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