Homem que atropelou 17 negou ter epilepsia ao validar CNH

Órgão afirmou que pessoas com epilepsia podem ter carteira de habilitação

Homem que atropelou 17 negou ter epilepsia ao validar CNH

Foto: Reuters

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O motorista que atropelou dezenas de pessoas na orla de Copacabana, zona sul do Rio, na noite de quinta-feira (18), afirmou ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que não tinha qualquer doença neurológica.

 

Antonio de Almeida Anaquim, 41, alegou em depoimento à polícia que sofreu um ataque epilético minutos antes de invadir o calçadão na avenida Atlântica. Uma bebê morreu e ao menos 17 pessoas ficaram feridas. Exames preliminares apontam que o motorista não estava alcoolizado.

 

O órgão afirmou que pessoas com epilepsia podem ter carteira de habilitação. Contudo, elas precisam passar por uma avaliação neurológica, e o exame médico terá validade menor, dependendo da análise.

 

"No caso do acidente, o motorista Antonio de Almeida Anaquim durante seu exame de validação médica negou ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia", disse o Detran.

 

A informação deve ser dada durante o exame de aptidão física e mental para obter a carteira de habilitação. As pessoas que usam medicamento para a doença neurológica precisam estar um ano sem crise, além de plena aderência ao tratamento, segundo resolução do Conatran (Conselho Nacional de Trânsito).

 

Segundo a Associação Brasileira de Epilepsia, a doença neurológica tem "etiologias diversas, diferentes tipos de evolução e gravidade clínica e a permissão para a direção veicular deve se apoiar em critérios para uma decisão justa".

 

"A princípio a epilepsia e o fato de usar medicamentos antiepilépticos não incompatibilizarão o candidato à direção de veículos, salvo se o quadro não estiver controlado, sujeitando-o a frequentes crises com alteração de consciência. Pessoas com intervalos curtos entre as crises não devem dirigir e aquelas com longos intervalos entre suas crises podem ser consideradas capazes de dirigir com segurança", afirma a associação.

 

O site do departamento de trânsito fluminense mostra também que Anaquim perdeu 62 pontos e foi multado 14 vezes nos últimos cinco anos. O Detran afirma que abriu em maio de 2014 um processo para suspender a carteira.

 

Após o acidente, o motorista foi levado para a 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, onde prestou depoimento durante toda a madrugada desta sexta-feira (19).

 

Anaquim responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, em liberdade.

 

VÍTIMAS

 

Um australiano, de 68 anos, é uma das 17 vítimas do atropelamento. O turista está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto, no Leblon, zona sul do Rio.

 

De acordo com o boletim médico, o australiano respira por aparelhos. Ele não teve o nome revelado. 

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