Em novo depoimento, mãe muda versão e diz que não matou o filho

Após detalhar como assassinou Itaberli Lozano, 17 anos, ela diz agora que ele foi morto por trio que queria dar ‘corretivo’ no jovem, que era homossexual.

Em novo depoimento, mãe muda versão e diz que não matou o filho

Foto: Divulgação

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A gerente de supermercado Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 32 anos, presa na quarta-feira em Cravinhos, interior de São Paulo, após ter confessado à polícia o assassinato do filho Itaberli Lozano, de 17 anos, mudou sua versão do crime na noite desta quinta-feira. Em novo depoimento, ela afirma que apenas ocultou o corpo do jovem.

Na nova versão, a mãe responsabiliza três pessoas pelo crime – dois homens e uma adolescente –, que teriam prometido dar uma “surra como corretivo” devido ao comportamento de Itarbeli diante da família. Tatiana disse que concordou com a sugestão, mas pediu para que não deixassem o filho machucado. Ela afirma conhecer apenas a adolescente e que não sabe o nome dos rapazes que entraram em sua casa e foram até o quarto de Itaberli vestindo capuzes.

Durante as agressões, Tatiana relata que chegou a ouvir seu filho pedindo socorro. Segundo ela, o jovem dizia: “Mãe, eu vou morrer”, mas ela declarou ter ficado do lado de fora da residência.

Cerca de vinte minutos após as agressões, Tatiana diz ter visto os homens e a adolescente deixarem sua casa e verificou que seu marido, o tratorista Alex Canteli Pereira, de 30 anos, e o filho mais novo estavam dormindo. Ao entrar no quarto de Itaberli, a mãe disse ter visto muito sangue no chão e na cama, além de perceber que ele havia sido golpeado três vezes no pescoço com uma faca.

No novo depoimento, a mulher afirma que se “desesperou” e que ela e seu marido “não sabiam o que fazer” diante da morte de Itaberli. Tatiana afirmou que sabia que seu filho estava morto, por isso não chamou socorro médico e não entrou em contato com a polícia para denunciar o crime porque ficou com medo de que as mesmas pessoas voltassem para matá-la.

Na mesma noite, Tatiana diz que, acompanhada do marido, enrolou o filho em um edredom, foram até um canavial e jogaram o corpo no meio da plantação. Apenas no dia seguinte, por volta da meia-noite, eles retornaram ao local com um galão de cinco litros de gasolina e atearam fogo ao corpo.

No seu primeiro depoimento, Tatiana relatou uma série de conflitos familiares devido ao comportamento de Itaberli, que era homossexual, e afirmou que “não aguentava mais ele”. Na ocasião, ela diz que teve uma forte discussão com o filho, que culminou em confronto físico. Ela contou detalhes da briga, como a aplicação de uma “chave de braço” no jovem e como o esfaqueou. Ela também relatou que seu filho a ameaçava e que ele guardava uma faca em seu guarda-roupa.

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