Nada a despachar? Então, pague menos

Não havia restrições para a bagagem. Mas, em 1986, apenas 14 milhões de passageiros foram transportados em rotas domésticas. Esse mercado cresceu a passos lentos até que o governo anunciar a liberação da política de preços dos bilhetes, que passariam a se

Nada a despachar? Então, pague menos

Foto: Divulgação

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Viajar de avião no Brasil era uma experiência e tanto nos anos 80. Tripulações com mais de uma dezena de aeromoças serviam refeições em pratos de porcelana, além de bebidas como vinho e uísque em copos de vidro.

Não havia restrições para a bagagem. Mas, em 1986, apenas 14 milhões de passageiros foram transportados em rotas domésticas. Esse mercado cresceu a passos lentos até que o governo anunciar a liberação da política de preços dos bilhetes, que passariam a ser definidos pelas companhias aéreas. As empresas baratearam os bilhetes para conquistar passageiros e, com preços mais baixos, o mercado quase triplicou: de 33 milhões de passageiros, saltou para 85 milhões. Agora, mais uma vez, análises negativas sobre o setor aéreo ressurgem por causa da decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de permitir que as companhias cobrem por mala despachada nos voos.

O fim da “gratuidade” (entre aspas, porque o serviço acabava sendo embutido no preço dos bilhetes) para o despacho de ao menos uma mala era um pleito antigo das companhias. Agora, aqueles que nada possuem a despachar pagam, indiretamente, por aqueles que carregam bagagem. Com a cobrança da mala despachada, no entanto, isso pode ser revertido – e ainda trazer um benefício aos clientes. “A mudança vai permitir que as companhias criem uma categoria de bilhetes, mais barata, para quem não vai despachar bagagem”, diz Eduar­do Sanovicz, presidente da Associa­ção Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

 

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