As transferências feitas a uma escola de samba, amigos e familiares, assim, seriam para quitar gastos de campanha.
Foto: Divulgação
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A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou nesta terça-feira (9) mais um ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Ferreira, e outras 14 pessoas sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras.
Desta vez, o tema da denúncia é a obra do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro -investigada na 31ª fase da operação.
A investigação apontou que R$ 20 milhões foram desviados do contrato, celebrado em 2008 e que atingiu R$ 1 bilhão ao todo.
Pelo menos R$ 1 milhão teriam sido destinados a Ferreira. Segundo a investigação, os valores foram direcionados a contas de seus familiares, empresas terceiras e até a um blog e uma escola de samba de Porto Alegre, por indicação do ex-tesoureiro.Também foram denunciados os empresários responsáveis pela obra, das construtoras OAS (Leo Pinheiro, ex-presidente, e Agenor Franklin Medeiros), Construcap (Roberto Capobianco e Erasto Messias da Silva Júnior), Construbase (Genésio Schiavinato Júnior), Schahin (Edison Freire Coutinho e José Antônio Marsílio Schwarz) e Carioca Engenharia (Ricardo Pernambuco Júnior e Ricardo Backheuser Pernambuco).
Eles são acusados de acertar o preço da obra e pagar propina a agentes da Petrobras e a membros do PT, que daria sustentação política à diretoria de Serviços (responsável pela obra).
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O ex-diretor da estatal Renato Duque também está entre os denunciados -além de quatro operadores do esquema, que fizeram a operação financeira, por meio de contratos de fachada e pagamentos no exterior.
São eles: Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales e o advogado Alexandre Romano. Os últimos três são delatores da Lava Jato e ajudaram a fundamentar a investigação.
OUTRO LADO
A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa dos acusados.
Preso preventivamente em São Paulo, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira afirmou à PF na época que as empresas e pessoas beneficiadas pelos repasses "custearam despesas de sua campanha" a deputado federal, em 2010.
O advogado Alexandre Romano, segundo ele, que fez muitos dos pagamentos apontados na denúncia. atuava como seu "captador de recursos".
As transferências feitas a uma escola de samba, amigos e familiares, assim, seriam para quitar gastos de campanha.
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