Hildebrando Pascoal, o deputado da motosserra, deixa a prisão

Hildebrando Pascoal, o deputado da motosserra, deixa a prisão

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Foto: Divulgação

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 Preso desde 1999 acusado de liderar um esquadrão da morte no Acre, e condenado a mais de cem anos de prisão, o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, 63, recebeu nesta terça-feira (4) o direito de progressão do regime fechado para o semiaberto.


Ex-comandante da Polícia Militar, Hildebrando recebeu o benefício da juíza Luana Campos, que considerou que "o sentenciado progrediu de regime nesta data". Na decisão, ela também afirma que "o comportamento foi analisado e já atingiu o requisito objetivo".

A juíza avaliou que Hildebrando não exerce mais "qualquer tipo de liderança nefasta que o levou ao cárcere", e que "o fato de isolar-se em sua própria cela [...] demonstra que o reeducando não quis envolver-se com os outros criminosos".

A saúde do ex-deputado também foi levada em consideração. "O apenado encontra-se com graves problemas de saúde, os quais foram se agravando durante o período de seu cárcere [...] Possui sérias dificuldades de locomoção, restrição alimentar grave".

 

TEMPORÁRIO
 


Segundo o TJ, a princípio foi concedido ao detento a saída temporária pelo prazo de sete dias, devendo ficar em casa durante toda a noite, além de seguir outras regras, como manter distância de bares, não ingerir bebida alcoólica, não portar armas, não se envolver em tumultos e não cometer crimes.

Hildebrando foi preso acusado de liderar um grupo de extermínio e integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas. Também foi condenado por dois homicídios, sequestro, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e crimes eleitorais e financeiros (trocava cocaína por votos).

Conhecido como "Deputado da Motosserra", ele já foi sentenciado a mais de 130 anos de cadeia. Entre os casos, está o assassinato de um homem que, ainda vivo, teve braços e pernas cortados por uma motosserra. O filho da vítima, de 13 anos, também foi brutalmente assassinado.

Ele foi eleito deputado federal em 1998 pelo PFL (atual DEM), e teve o cargo cassado em 1999, durante investigações da CPI do Narcotráfico.
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