Três pessoas morrem em deslizamento na Bahia

Três pessoas morrem em deslizamento na Bahia

Três pessoas morrem em deslizamento na Bahia

Foto: Divulgação

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Em menos de um quilômetro atrás, e 13 dias depois, os moradores da Rua Coronel Pedro Ferreira, na Baixa do Fiscal, viveram os mesmos dramas dos moradores da localidade do Barro

Branco, na Avenida San Martin. No último dia 27, uma encosta deslizou soterrando várias casas e ocasionando a morte de 11 pessoas.

Ontem, o deslizamento de uma encosta na Baixa do Fiscal soterrou cinco casas, atingindo outras três. De acordo com a Central de Polícia (Centel), até às 21 horas deste domingo, três mortes foram confirmadas e dez pessoas haviam sido resgatadas com vida. Entre os sobreviventes está Lucas Silva Santana, 14 anos, que passou mais de oito horas soterrado. Ele foi encaminhado para o Hospital do Subúrbio. Com base nas informações de populares, de que outras pessoas estariam sob a lama e os escombros, até o fechamento desta edição, equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil trabalhavam no local. 

O deslizamento ocorreu por volta das 13 horas e pegou parte dos moradores de surpresa, não dando tempo, sequer para correr. Às 16 horas o Corpo de Bombeiros retirou o corpo do apósentado Delcico Barreto Venas, de 64 anos. A segunda vítima fatal foi Sandra Silva Santana, de 37 anos, mãe do adolescente resgatado com vida. Porém, o irmão do garoto, Sinval Silva Santana, 30 anos, não restistiu e seu corpo foi encontrado ainda na tarde deste domingo.

Das dez pessoas que foram retiradas com vida dos escombros, três foram levadas para o Hospital Ernesto Simões, no bairro do Pau Miúdo. Na parte alta da encosta, que tem mais de 50 metros de altura, segundo técnicos da Defesa Civil, dez casas estão ameaçadas e deverão ser evacuadas. Momentos antes do deslizamento, uma outra área situada a menos de 50 metros de distância também deslizou, mas sem causar desabamento de casas.

Sorte ajudou

Quem por pouco não seria soterrada pela encosta foi a dona de casa Noelma Araujo. Sua casa foi parcialmente destruída, mas pela manhã, ao pressentir os primeiros sinais de deslizamento, ela abandonou o imóvel e ficou na casa de vizinhos.

O mesmo fez Liliane Araujo, 29, que tem um depósito de bebidas no pé da encosta. “Eu retirei tudo lá de dentro e só volto quando o tempo melhorar”, disse.

Quem viu a tragédia de perto, como Francisco Gonçalves da Silva, disse que os “avisos” já tinham sido dados desde o início da manhã, quando uma área próxima ao local da tragédia começou a apresentar os primeiros sinais de deslizamento. Ele ajudou no resgate de parte dos nove feridos e diz que quando ouviu o estalo na encosta, mal teve tempo de correr.

“Demorou menos de um minuto. Parecia um trovão e de repente a lama e a terra desceram levando tudo”, disse. A Defesa Civil isolou parte da rua e deverá adotar os procedimentos para que a partir de hoje sejam removidas algumas famílias do local, conforme disse um engenheiro que coordenava os trabalhos.

SOCORRO

Até às 17h28 de ontem a Defesa Civil tinha contabilizado 161 ocorrências: um alagamento de área, 12 alagamentos de imóvel, 16 ameaças de desabamento de imóvel, uma ameaça de desabamento de muro, sete ameaças de deslizamento de terra, uma ameaça de queda de árvore, duas avaliações de imóveis alagados, cinco desabamentos de imóvel, cinco desabamentos de muro, sete desabamentos parciais, 101 deslizamentos de terra, uma infiltração e duas pistas rompidas.

O Serviço Múvel de Urgência atendeu seis ocorrências relacionadas às chuvas. Equipes de salvamento foram deslocadas para os bairros do Lobato, Bate Facho, Saramandaia, Campinas de Pirajá, Sete Portas, além dos deslizamentos de terras e desabamento de imóveis na Baixa do Fiscal. No Lobato e em Bate Facho, não houve vítimas; em Saramandaia, uma pessoa se feriu; em Campinas de Pirajá foram dois feridos; e em Sete Portas, um ferido, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde até às 18 horas.

Mais chuva

O índice pluviométrico em Salvador , até às 09 horas de ontem, foi de 68,7 mm segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com a Prefeitura de Salvador, as áreas com maior volume de chuvas foram o Alto do Peru, onde choveu 36,3% do esperado para o mês em toda a cidade, e o Caminho das Árvores, onde choveu 33,06% da estimativa. De acordo com o Inmet, até amanhã o sol aparece e ainda chove, mas com  moderada intensidade. Porém, uma outra frente fria, forte, deve chegar à capital na quinta-feira, com riscos novos de temporais.

Após morte, governador diz que “é mais um dia de luto”

“É mais um dia de luto”. A afirmação foi feita pelo governador Rui Costa tão logo foi informado da primeira vítima fatal em consequência dos novos desabamentos registrados, neste domingo, em Salvador. O governador colocou toda a estrutura do Estado à disposição da Prefeitura. Estão trabalhando em conjunto a Defesa Civil, a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além do Grupamento Aéreo.

A Rua São Domingos, na Liberdade, onde Rui morou por mais de 20 anos, registrou o desabamento de três casas. O governador manteve contato com o prefeito ACM Neto, prestando solidariedade e total apoio. “Registro a minha profunda tristeza. Salvador não pode mais continuar sendo palco de tantas tragédias”.

Neto pede para pessoas deixarem área de risco

O prefeito ACM Neto reforçou neste domingo os apelos para que famílias que residem em áreas de risco deixem suas residências no menor tempo possível. Todo o suporte necessário está assegurado para essas famílias, desde a concessão do Aluguel Social, aporte financeiro de R$ 300,00 mensais, que pode chegar a um ano, até o Auxílio-Emergência, que pode ser de até três salários mínimos para quem tiver perdas materiais devido às chuvas. Desde que as chuvas ganharam maior volume, ainda em abril, foram concedidos 774 aluguéis sociais e 96 auxílios-emergência pela Prefeitura.

 

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