Procuradoria liga propinas na Petrobras a doações eleitorais ao PT

O empresário Augusto Mendonça, citado pela Procuradoria, é um dos envolvidos no caso que fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público

Procuradoria liga propinas na Petrobras a doações eleitorais ao PT

Foto: Divulgação

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Para fortalecer a tese de que parte da propina do esquema de corrupção na Petrobras foi repassada por meio de doações eleitorais legais, a força tarefa da Operação Lava Jato apontou a proximidade de datas entre pagamentos feitos pela estatal e contribuições eleitorais de empresas envolvidas no caso.

A acusação foi feita na denúncia apresentada à Justiça nesta segunda (16) contra o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e outras 25 pessoas suspeitas pela prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Os delitos estão ligados a obras de gasodutos e das refinarias Repar, no Paraná, e Replan, em São Paulo, de acordo com a Procuradoria.

Na petição, o Ministério Público Federal indicou uma tabela com 20 pagamentos da Petrobras a empresas acusadas de envolvimento no esquema feitos em datas próximas aos registros de dez doações eleitorais repassadas ao diretório nacional do PT e ao diretório estadual da Bahia entre 2008 e 2010.

Em uma das situações indicadas pela Procuradoria, uma doação feita pela empresa Setal ao PT nacional no dia 27 de janeiro de 2010 no valor de R$ 350 mil coincide com a data de dois pagamento feitos pela Petrobras aos consórcios Interpar e Intercom, dos quais a Setal faz parte, no valor total de cerca de R$ 4,9 milhões.

Segundo a petição da Procuradoria, "a vinculação entre as doações políticas e os pagamentos feitos pela Petrobras aos consórcios Interpar e Intercom pode ser comprovada pela comparação entre as datas em que a Petrobras pagou os consórcios e as datas, subsequentes, em que empresas controladas por Augusto Mendonça promoveram a transferência de propina disfarçada de doações oficiais para partido político".

O empresário Augusto Mendonça, citado pela Procuradoria, é um dos envolvidos no caso que fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ele é um dos sócios da Setal e admitiu que parte das propinas pagas pela empresa no esquema de corrupção na estatal foi repassada por meio de doações eleitorais registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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