REDES SOCIAIS - Casais vivem o 'efeito Facebook'

Casais vivem o 'efeito Facebook'

REDES SOCIAIS - Casais vivem o 'efeito Facebook'

Foto: Divulgação

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Os relacionamentos amorosos nos tempos modernos podem se dividir em dois períodos distintos: antes e depois das redes sociais. Com a popularização do hoje longínquo Orkut (no Brasil) e com a consolidação do Facebook (no mundo), parece que algo no Amor mudou para sempre.
Mudou a maneira de conhecer alguém – antes de adicionar a pessoa, é claro que você já viu tudo a respeito dela. Mudaram as abordagens – agora não restritas apenas aos mais desinibidos. Nem o ciúme continua o mesmo: afinal, com tanta informação ao alcance de um clique, há quem não controle a ânsia de checar um pouquinho mais.
Os números não mentem: recentemente, o Wall Street Journal divulgou pesquisa dizendo que mais de um terço dos divórcios na Grã-Bretanha tem a palavra “Facebook” incluída no processo. Na outra mão, reportagem da revista Veja desta semana mostra que um em cada cinco relacionamentos começa pela Internet. Alguém ainda duvida?
Final feliz
Valéria Ribeiro, 23, com certeza não. A corretora de imóveis tinha amigos em comum com o executivo de marketing Vincent Cavalera, também de 23 anos. Dois cliques e ela sabia quem eram os melhores amigos dele e que lugares gostavam de ir. Bem ao estilo “diga-me por onde andas e direi se vou contigo”. E ela foi. Depois de se adicionarem, eles se conheceram melhor e começaram a “ficar”. Aquele estágio probatório do namoro.
Mas, como vimos, o Facebook tem das suas contradições. Se ele une, também separa. Conversinhas, curtidas e comentários de terceiros desgastaram a relação do casal e eles decidiram terminar o que mal tinha começado. Hoje os dois são amigos, mas adivinha qual é o meio de comunicação pelo qual eles ainda se falam? Acertou quem pensou no Facebook de novo!
Juntinhos na rede
O engenheiro civil Sérgio Cavalcante, 30, não era lá muito fã da rede social criada por Mark Zuckenberg. Casado com a estudante Tayna Agra, do Orkut ele já tinha experiências não muito boas (leia-se ciúmes). Porém, quando nasceu o filho do casal, Henrique, hoje com cinco meses, ele não resistiu e deu sua primeira “postadinha” no Face. Foi o suficiente: “Eu acabei me empolgando”, diz ele, que, dessa vez resolveu manter uma única conta, ele e a esposa. “Nossos amigos brincavam dizendo que ele tinha se apossado da minha conta. Aí decidimos colocar os dois nomes no perfil”, diz Tayna. “O perfil é dos pais, mais quem mais aparece é o bebê”, completa Sérgio, que também usa a rede para ver notícias e fotos do filho, já que trabalha viajando 15 dias do mês.
Quem também resolveu unir mais que as escovas foi o casal Renato e Marneelle Oliveira. “Antes cada um tinha a sua conta. Mas Facebook é complicado. Sempre vem alguém que, por mais que esteja escrito ‘relacionamento sério’ no perfil, não respeita. Decidimos deixar só uma conta e usar os dois”, diz Renato, citando uma comunidade do Orkut. “Você se lembra de uma comunidade que dizia ‘O que o amor constrói o Orkut destrói’?”, brinca. É assim, mas não quando se sabe administrar bem a questão. “Se a união for virtual, mas também real, a coisa funciona”, aconselha.
 
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