MENSALÃO - Revisor absolve réu do PMDB por lavagem de dinheiro e provoca discussão no STF

MENSALÃO - Revisor absolve réu do PMDB por lavagem de dinheiro e provoca discussão no STF

MENSALÃO - Revisor absolve réu do PMDB por lavagem de dinheiro e provoca discussão no STF

Foto: Divulgação

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O ministro revisor do julgamento do mensalão , Ricardo Lewandowski, condenou o ex-deputado do PMDB José Borba pelo crime de corrupção passiva, porém absolveu o réu da acusação da lavagem de dinheiro. Borba é acusado de ter recebido pagamentos da ordem de R$ 2,1 milhões de Marcos Valério para articular o apoio do PMDB aos projetos do PT.

Para o revisor, o recebimento de dinheiro está relacionado ao crime de corrupção passiva e ele só poderia ser condenado por lavagem se soubesse da origem ilegal do dinheiro. "Ao meu ver, essas coisas deveriam estar claras nos autos, não podemos partir de uma suposição", afirmou.

A posição do ministro revisor quanto à lavagem de dinheiro, já explorada em sua análise do crime imputado aos réus Bispo Rodrigues, Antônio Lamas, Breno Fischberg, João Genú, Pedro Corrêa e Pedro Henry, foi criticada por parte dos ministros do STF. "Cada um tem uma visão da verdade, do mundo e do processo. Eu estou dando minha visão", defende Lewandowski.

O ministro relator, Joaquim Barbosa, afirmou que seria impossível que Borba não soubesse da origem escusa do dinheiro. O presidente da Corte, ministro Ayres Britto, também teve esse entendimento. "Ele imputou a autoria para outra pessoa", afirmou Britto. "Essa é a lavagem mais deslavada que eu já vi", disse em seguida o ministro Luiz Fux.

Quanto ao crime de corrupção passiva, o revisor afirmou que Borba recebeu o dinheiro da própria ex-diretora da agência SMP&B, de Marcos Valério. "Simone Vasconcelos sacou o montante na agência do Banco Rural para, em seguida, entregá-lo ao réu", disse. "Não resta dúvida quanto ao efetivo recebimento do valor de R$ 200 mil pelo acusado."

Até o momento, o revisor condenou Valdemar Costa Neto (PL, atual PR) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; Jacinto Lamas por corrupção passiva, lavagem e formação de quadrilha; Bispo Rodrigues por corrupção passiva. Assim como o relator, absolveu Antonio Lamas - irmão de Jacinto - das acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. 

Lewandowski  condenou o ex-deputado Pedro Côrrea (PP) por corrupção passiva e absolveu o ex-deputado Pedro Henry, do PP, de todos os crimes imputados.

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