Grupo de Cachoeira chamava propina de “assistência social”

Grupo de Cachoeira chamava propina de “assistência social”

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Foto: Divulgação

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Agentes da Polícia Federal afirmaram nesta terça-feira (24), durante audiência do processo contra o grupo do empresário Carlinhos Cachoeira, que a suposta quadrilha usava o termo "assistência social" para tratar de propinas pagas a servidores públicos.
"[O termo] assistência social era citado constantemente nos áudios, e depois constatamos que se tratava de propina paga aos servidores públicos", disse o policial Fábio Alvarez Shor, primeiro a depor.
Segundo a dar seu depoimento, o agente Luis Carlos Pimentel confirmou que "assistência social" era a senha para propina. "Posso garantir que era o pagamento de policiais", disse.
A partir do acesso a um documento que indicaria a contabilidade dos jogos ilegais, o agente disse que foi possível comprovar o pagamento de propinas ligado ao termo.
Os dois são testemunhas da acusação no processo. A audiência é observada pelo próprio Cachoeira e outros réus, que no entanto não serão ouvidos hoje.
Durante o depoimento, o juiz Alderico Santos pediu ainda que Alvarez Shor explicasse quais fatos permitiam que ele descrevesse a função de cada pessoa no grupo, segundo o Ministério Público Federal, comandado por Carlinhos Cachoeira.
O policial disse que Geovani Pereira era chamado de contador pelos próprios colegas. Segundo o agente Cachoeira era o "líder", uma vez que "a própria organização assim o chamava".
Alvarez Shor também afirmou que o agente Wilton Tapajós foi abordado por policiais militares durante a Operação Monte Carlo, que prendeu o empresário.
Tapajós foi assassinado na semana passada com dois tiros na cabeça. As investigações ainda não estabeleceram relação entre sua morte e a Monte Carlo.
Questionado pelo Ministério Público Federal, a testemunha afirmou que Tapajós foi abordado por policiais militares investigados durante missões que fazia para a operação.
Uma dessas missões ocorreu perto da casa de uma pessoa chamada Regina, servidora da prefeitura de Luziânia (GO).
"Ele foi abordado por policiais militares e teve que utilizar histórias de cobertura para não ser identificado", afirmou Alvares. Segundo o policial, as diligências eram constantes.
Abatido
Abatido e visivelmente mais magro --seus familiares estimam que ele emagreceu 18 quilos-- Cachoeira sentou-se próximo a outros réus do caso, como o ex-vereador Wladimir Garcez e o sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá.
Na audiência de hoje, serão ouvidas testemunhas de acusação --quatro policiais federais que atuaram na operação.
O Ministério Público Federal denunciou 81 pessoas à Justiça.
O juiz que julgará o caso é Alderico Santos, da 11ª Vara Federal de Goiânia, que assumiu a ação depois que o juiz Paulo Augusto Moreira Lima pediu licença afirmando ter sofrido ameaças.
No começo da sessão, os advogados de defesa pediram que a audiência fosse adiada, argumentando o direito de ampla defesa. Os pedidos, no entanto, foram negados pelo juiz.
A defesa de Cachoeira argumentou que a audiência não poderia ser realizada pois as companhias telefônicas ainda não enviaram dados sobre alvos de interceptações telefônicas.
Segundo a defesa, houve uso de "senhas genéricas", sem identificar pessoas que tiveram seu sigilo telefônico quebrado.
Ao negar o pedido de adiamento, o magistrado argumentou que "em face do princípio do contraditório, a prova produzida nesses autos não terá repercussão no processo desmembrado, o que vale dizer, não poderá ser utilizada a título de prova emprestada".
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