Na terça-feira, 31, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária Abastecimento, em Brasília, será realizada Reunião Técnica de Planejamento da Programação de Dendê na Embrapa – Óleos e Produtos da Bioenergia para o Brasil.
Promovido pela Embrapa Agroenergia, o evento tem objetivo de apresentar diagnóstico sobre a dendeicultura no Brasil, estabelecendo a situação atual e suas potencialidades, de forma a constituir bases para a elaboração de um programa de apoio aos investimentos na atividade agroindustrial e comercial, com ênfase para produção de óleos e produtos da bionergia.
Pela manhã, será discutida a visão do negócio desta palmeira para o Brasil, de acordo com a percepção de Políticas Públicas, demandas e ações em programas e projetos. Participam deste debate representantes da Casa Civil e dos Ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Minas Energia, Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente, da Ceplac, juntamente com a Diretoria-Executiva da Embrapa e Chefias de unidades.
Já no período da tarde, a reunião será destinada para a equipe da Embrapa, formada pelas unidades descentralizadas da Amazônia Ocidental (AM), Amazônia Oriental (PA), Recursos Genéticos e Biotecnológicos (DF) e Agroenergia (DF) e unidades centrais. “No âmbito das discussões internas, serão revistos a organização e evolução de programas, projetos, resultados e impactos, com visão de negócio de base tecnológica, visando oportunidades e desafios para a empresa”, afirma o Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães.
De acordo com Durães são grandes as expectativas em relação a este evento. A definição do Grupo Gestor de Programa Dendê na Embrapa (2009-2011) e mecanismos de gestão de ações é uma delas. Além do documento com diretrizes balizadoras para dendê na Embrapa, com demandas públicas e privadas da expansão do óleo de palma no Brasil.
Atualmente, a Embrapa realiza pesquisas com melhoramento genético, manejo de solo, nutrição de plantas e coleção de germoplasma de Dendê, de origem Africana, e caiaué, de origem Americana e seus híbridos. Produz, também, sementes comerciais de Dendê, desde 1992, resistentes a Fusariose. A produção de sementes de dendê na Embrapa é da ordem de 2 milhões de unidades ao ano. O potencial de produção imediato da Estação chega a 4 milhões de sementes ao ano, podendo nos próximos anos - com o avanço do Programa de Melhoramento – alcançar a marca de 8 milhões, suficientes para a implantação de 40 mil hectares de dendezais anualmente na região Amazônica.
Conforme Durães, apesar do volume de conhecimento, tecnologias, produtos e serviços disponíveis e a vivência empresarial de mais de três décadas para apoiar o cultivo desta oleaginosa, o Brasil não tem conseguido lograr um avanço estável e progressivamente crescente da área plantada. “Este foi objetivo de realizar esta reunião técnica, visando rever e propor um plano estratégico de desenvolvimento sustentável para a cultura no Brasil”, conclui Frederico Durães.
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