Acre - Prédio da Uninorte treme e estudantes entram em pânico

Da Redação

12 de Maio de 2007 às 08:44

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Acre - Prédio da Uninorte treme e estudantes entram em pânico

Foto: Divulgação

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*Cerca de três mil estudantes da Uninorte foram vítimas de uma noite de pânico ontem enquanto assistiam aula no prédio da faculdade, localizada na BR-364, próximo à Fundação Hospitalar do Acre. Uma correria e saltos de mais de dez metros de altura dados por estudantes do 3º andar da universidade começaram após alguns alunos afirmarem que ouviram um ruído forte, um tremor nas lages e quebradeiras de vidros que fez com que todos os estudantes deduzissem que o prédio estava caindo. Dezenas de crianças e adultos foram pisoteados, várias pessoas quebraram os braços, pernas e pés, dando entrada no Pronto-Socorro. Quarenta e uma pessoas deram entrada no Pronto-Socorro de Rio Branco após o acidente. *Milhares de carros congestionaram a entrada do estacionamento da faculdade, impedindo a passagem de centenas de pais e mães em busca de seus filhos. O Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Justiça Volante, Polícia Rodoviária Federal e agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) resgataram as vítimas, a maioria encontradas caídas no pátio da faculdade. As estudantes do curso de Ciên-cias Sociais, Rúbia Araújo, Francisco Souza e Aline Mo-raes, disseram que o desespero aumentou ainda mais quando a administração da faculdade impediu a passagem das vítimas, aumentando ainda mais o pânico. *Várias pessoas foram vítimas ainda de furtos, perdendo celular, bolsas, dinheiro, sapatos e material escolar, segundo a jornalista Dora Monteiro, estudante de Letras. "Eu nunca vou esquecer as cenas de terror que vi. As pessoas lutavam para sobreviver, pisando umas nas outras. Crianças foram pisoteadas. Eu ouvia choro e grito de terror por toda parte. Meu Deus!", disse. *A estudante Keila Martins, do curso de Gerenciamento Ambiental, comentou, entre o choro, que a falta de uma saída de emergência no prédio contribuiu para aumentar o desespero dos estudantes. Antônia Jaqueline Figueira, estudante de Administração de Empresas, disse que pensava que ia morrer quando viu o desespero e os gritos das pessoas. "Eu quero providências sobre esse caso. Quase morro juntamente com milhares de pessoas que nada têm a ver com a irresponsabilidade de outras", desabafou. *Universidade presta assistência e diz que não houve rachaduras *A diretoria da Uninorte concedeu coletiva ainda ontem a noite. De acordo com o vice-diretor acadêmico, Marcos Antônio Brandão, as explicações técnicas do Corpo de Bombeiros, inicialmente não registrou nenhum abalo na estrutura física do prédio. Segundo Marcos, a Uninorte não tem responsabilidade sobre o fato, mas vem prestando assistência às vítimas e vai esclarecer que o prédio foi construído dentro de todas as normas técnicas exigidas pela Engenharia. *"Nós vamos solicitar um laudo imediato do Corpo de Bombeiros, mas já podemos adiantar que o que ocorreu hoje (ontem) na Uninorte foi uma grande cena de pânico, desencadeada por um aluno que saiu correndo da sala, quebrando cadeira e gritando que o prédio estava caindo, apavorando todos os estudantes da universidade. Afirmamos que o que ocorreu foi um vento forte ouvido pelos alunos pelo fato de duas salas estarem com suas janelas abertas e o ar-condicionado ligado, acarretando um grande ruído dentro do prédio", disse o vice-diretor. *Procurador vai acionar universidade *O corregedor-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Oswaldo Albuquerque, foi um dos vários maridos que chegou ao prédio da Uninorte em clima de desespero. Ele buscava sua esposa, Suzy Albuquerque, que faz Administração e Comércio Exterior na universidade. "Pretendo tomar providências judiciais sobre o caso não só como procurador, mas como cidadão", disse Oswaldo Albuquerque.

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