Foto: Divulgação
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Conforme a vida nas cidades se torna cada vez mais complexa, multiplicam-se as ocorrências de barulhos desconfortáveis ao redor de quem as habita. Sons de obras, britadeiras, trânsito, geradores, compressores, aeroportos, paradas de ônibus e casas noturnas são alguns dos elementos que podem causar profundo incômodo acústico em pessoas que residem nas proximidades ou que estão passando por perto – a pé ou nos veículos.
Somam-se a isso situações como vizinhos indiscretos, crianças e animais. Para resolver esses problemas, existem as soluções de isolamento acústico – uma série de técnicas que são aplicadas com o objetivo de reduzir a passagem de som de um ambiente para outro.
Basicamente, implementar o isolamento acústico consiste em utilizar materiais capazes de barrar a passagem de ruídos. Além de reduzir o estresse, o isolamento acústico pode evitar atritos entre vizinhos e garantir uma maior privacidade.
O isolamento acústico prevê uma série de soluções e equipamentos para reduzir a passagem de ruído entre ambientes ou para proteger trabalhadores da exposição ao ruído no contexto empresarial, comercial e industrial.
No contexto residencial, o isolamento acústico também oferece uma variedade de soluções para as necessidades dos moradores de um imóvel. Ruídos indesejados podem ser uma fonte intensa de estresse dentro de um imóvel.
Porém, o cuidado com a acústica começa antes da escolha do imóvel. Vale a pena conferir se, ao redor, existem lugares que possam gerar sons desagradáveis em potencial. Aeroportos, ferrovias, casas noturnas, templos religiosos e estádios podem ser incômodos.
A multiplicação dos casos de desconforto causado por sons, citada no início da matéria, leva os especialistas a buscarem novos materiais capazes de exercer o isolamento acústico e criar novas possibilidades de evitar a disseminação de ruídos a preços mais baixos. A seguir, confira algumas inovações recentes na área do isolamento acústico:
Parafuso acústico
O professor Håkan Wernersson, da Universidade de Malmö, na Suécia, desenvolveu um parafuso especial para ser usado no aparafusamento de barreiras de isolamento acústico. Esse tipo de barreira, embora eficaz, não consegue impedir completamente a passagem de ruído. O parafuso de Wernersson, porém, reduz em 50% o ruído remanescente que passa pela barreira.
“Com o nosso parafuso, você pode montar placas de gesso diretamente nas paredes, liberando espaço no chão, e um metro quadrado de espaço pode valer milhares de dólares”, afirma o professor sueco.
O parafuso especial possui uma mola, que é o segredo para impedir que as ondas sonoras que atingem a barreira acústica avancem para a parede externa.
Aerogel acústico
No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Bath desenvolveram um aerogel capaz de reduzir ruídos em 80%. Com isso, o som produzido pela turbina de um avião durante a decolagem, que alcança os 105 decibéis, chegaria aos ouvidos dos passageiros em cerca de 90 decibéis – o equivalente a uma batedeira de bolos ou a um secador de cabelos.
O aerogel de óxido de grafeno e álcool polivinílico possui uma estrutura semelhante ao merengue de cozinha e é o isolante acústico mais leve já criado, com um peso pouco maior que 2 kg por metro cúbico. Assim, poderia ser usado em aeronaves sem acrescentar muito peso e, assim, evitando um grande aumento do consumo de combustível.
Metamaterial acústico
Metamaterial acústico foi o nome que a montadora japonesa Nissan deu a sua descoberta – um composto plástico que é 75% mais leve que os materiais usados atualmente para promover o isolamento acústico em automóveis. O metamaterial diminui a poluição sonora para quem anda de carro e consome menos combustível, já que pesa menos.
Hoje, o isolamento acústico nos automóveis é geralmente feito com borracha, que não é tão eficaz para evitar a passagem de sons e é difícil de ser aplicada em toda a carenagem.
Graças a sua estrutura simples, o metamaterial possui uma competitividade de custo parecida com os materiais usados atualmente, se for produzido em massa. A Nissan pretende começar a fabricar carros com o composto nos próximos anos.
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