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BRUNA LIZAS – ENTREVISTA Nº 708.
PEQUENA BIOGRAFIA
Bruna Lizas é paulistana, estudou por 3 anos psicologia e sempre gostou de exercer seu lado artístico, pintando quadros, tocando em uma banda e escrevendo poesias que ficavam engavetadas.
Hoje estuda biblioteconomia, trabalha em uma biblioteca e busca caminhos para publicar seu primeiro romance.
ENTREVISTA
ANITA COSTA PRADO - O que você gosta de ler? Algum(a) autor(a) influencia seu trabalho?
BRUNA LIZAS - Um dos primeiros livros que li foi Dom Casmurro e mesmo que seja uma leitura pesada para o vocabulário, me apaixonei, daí em diante não parei mais de ler e tenho um carinho enorme pelo Sidney Sheldon, li quase todos os livros desse autor, o suspense que ele traz, o realismo dos personagens me inspiraram a escrever pequenos textos e, enfim, um livro. Além desses, amo livros como Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes e afins. Na minha humilde opinião, são livros que nos inspiram e a imaginação flui muito mais leve, nos fazendo entrar na trama e sofrer com ela.
TAMIRES - Suas poesias são reveladoras, sem meias-palavras. Você acha que a escrita não deve limitar a poesia?
BRUNA LIZAS - Não deve haver limites na escrita, ela deve ser translúcida, deixar o sentimento fluir, só assim deverá ser verdadeira.
NATHÁLIA - Em alguns textos temos a perspectiva de primeira pessoa, suas inspirações se baseiam em acontecimentos reais? Até que ponto elas refletem o que você se tornou hoje?
BRUNA LIZAS - Os temas escritos são frequentes na vida cotidiana, inclusive na minha. Acredito que a minha maior inspiração para os poemas sejam eventos que me causaram essas emoções, o medo, o amor, a angústia. Sendo a escrita uma forma de aliviar tais sentimentos, acredito que pode , sim, ser uma maneira de combater tais sentimentos. Comigo através da escrita e com o leitor, através da identificação.
POESIAS
Chuva de Meteoros
O medo consome, corrói e destroça
Assim como o mundo além da janela
Busco ajuda por socorro, por um simples afago
Corro e me escondo, choro pela minha alma
Procuro uma maneira de sobreviver
Olho para os lados, não me resta mais nada
Somente a destruição
Fogo por toda parte, grito sem parar
Chuva de meteoros, fim dos tempos
Corra, se esconda, salve sua alma
Corram, voltem para suas famílias
E observem o fim do mundo.
(in) Justiça
Aqueles que buscam dar educação
Hoje caminham na ostentação
Esqueceram como é importante crescer
Largam nossos jovens
Para com o governo aprender
Para serem alienados, jogados e julgados
Minorias sempre tem que ceder
E a quem iremos recorrer?
Os pais não saem da frente da TV
As lousas já não chamam tanta atenção
A tela do android tem mais informação
O que falta de amor, tá sobrando de maldade
Será que existe essa tal liberdade?
O que falta pro jovem é amparo e igualdade
Será que existe espaço pro jovem na sociedade?
Olhando ao meu redor, eu pude perceber
Nossos jovens à deriva e os pais, cadê?
O Fim
É inútil lutar contra aquilo que os olhos não veem
Entorpece as alusões do seu passado
Perceber que não importa que fez ou faz
Nada irá mudar
Enquanto o tempo passa, eu fico num deslumbre, sentado
Sem saber ao certo o que fazer
Sem conseguir pensar
Enquanto minha vida se apaga
Junto ao último fio de luz que você me proporcionava
E vejo que no fim, há coisas na vida que não se podem mudar
A Morte
Tão vã a necessidade da busca de um olhar
Do apreço e aceitação
Incessante necessidade de ter para enfim ser
A fúnebre decadência pela busca de ser visto
Para no fim, sem nada, ir
Sem afago e sem amor
Sem material ou sentimentos
Somente você
A carregar pela eternidade a decadência de uma vida
Onde a busca do ter não levou a ser.
Meus sonhos
Em dias que o sol vem
Forte, brilhante e pertinaz
Que me deixa embriagado com seu calor,
Limitado e passageiro
Não é nem de perto tão intenso e caloroso
Como seu chegar
Manso, tímido e acolhedor
Que envolve, domina e me embala
Que seduz, me impregna
Me leva para longe, mas não saio do lugar
Me traz ao mundo num sussurro
Mas somente quando o sol se vai, você vem
E fico à espreita, esperando ele ir
Para deleitar de um beijo
Esperando seu sussurro me levar para longe
Num momento inteiramente nosso
Onde eu posso ser inteiramente seu.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!