Foto: Divulgação
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Ainda deputado federal, em 1962, como se fosse seu “canto do cisne”, Aluízio Ferreira o projeto criando o Estado de Rondônia, o que não foi adiante talvez porque naquele mesmo ano foi aprovada a criação do Estado do Acre. A partir de 1963, apesar de ter seu candidato e primo Ênio Pinheiro, Aluízio continuou articulando em Brasília e no Rio de Janeiro. Como a imensa maioria dos líderes que “olham para o próprio umbigo”, ele não preparou um substituto e o aluizismo começa a morrer.

Ênio Pinheiro: apesar do prestígio de Aluízio perdeu a eleição de 1962
Mesmo assim, em 1964, quando o deputado federal Renato Medeiros, vencedor da eleição de 1962 foi cassado, Aluízio teria, conforme a acusação dos peles-curtas”, usado de amizades com seus ex-companheiros de farda, para incluir o nome de Renato dentre os cassados Renato Medeiros.
Sem citarem qualquer fonte confiável, ao “peles-curtas” reafirmavam essa acusação, com citações de que o nome de Medeiros fora colocado “à mão” ´por Aluízio, o que foi sempre repelido pelos “cutubas”, com uma pergunta: “Como o coronel Aluízio poderia ter tido acesso ao documento”.
O historiador Abnael Machado de Lima tinha pouca dúvidas de que Aluízio possa ter mesmo feito o que diziam. Lembrou que ele (Aluízio) tinha um apartamento em Copacabana onde era comum serem encontras figuras importantes inclusive das forças armadas. Quando perguntado, mesmo nada confirmando, Abnael lembrva outros “feitos” atribuídos ao “soba” e citava o ditado “cesteiro que faz um cento também faz cem”.

Abnael: O que diziam na época é que a letra era mesmo a do Aluízio.
Com Renato substituído pelo suplente Hegel Morhy, que perdeu em 1966 a reeleição e desapareceu do cenário político, o que na prática acabou com as disputas entre “cutubas” e “peles-curtas”.
Na próxima eleição, 1966, agora só dois partidos, a Arena (governista) e o MDB, também chamado “oposição consentida”, o governador Paulo Leal, a quem muitos creditam a ideia da construção da BR-364, foi eleito deputado com 4.352 votos.
Durante seu mandato Paulo Leal renunciou e tentou ser candidato à reeleição em 1970, mas levou o que em política da época se chamava “uma rasteira”.
No dia da convenção da Arena, já com tudo certo, pelo menos é o que Leal pensava, ele, que morava em Brasília, chegou num voo comercial ao aeroporto do Belmont, e foi recebido por alguns amigos, como o jornalista Euro Tourinho e o advogado e jornalista Rochilmer Rocha.
Debaixo da asa do “caravelle” da Cruzeiro do Sul os dois e mais alguns amigos de Leal o comunicaram que a convenção tivera antecipado seu fechamento das 16 para 12 horas, e o jornalista Emanuel Pontes Pinto fora aclamado candidato, o que
abriu espaço para a ascensão de um ilustre desconhecido, o goiano Jerônimo Garcia de Santana, eleito deputado federal em 1970, 74 e 78.
OBS: Em 1960 o presidente Juscelino Kubistchek mandou abrir a rodovia BR-29 (BR-364), começando um novo e muito importante capítulo na história não só para Rondônia, mas, também, para a própria Amazônia Ocidental. Naquele ano começa a mobilização de estudantes, líderes comunitários, jornalistas e praticamente toda a sociedade, movimento pela criação da unidade federativa, o Pró-Rondônia Estado.

Odacir, sua experiência no "pró Estado" no Acre foi usada no movimento em Rondônia
O “Pró-Rondônia Estado”, segundo o advogado acreano Odacir Soares, chegado há pouco a Porto Velho e que se engajou nesse grupo, foi o primeiro movimento de caráter político no Território. Odacir trouxe a experiência que viveu em ações para a criação do Estado do Acre.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!