NDB, BRICS e uma nova história

NDB, BRICS e uma nova história

Foto: Divulgação

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1.  NDB, BRICS e uma nova história

O Encontro em Fortaleza envolvendo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (nos dias 14 e 15 de julho) marcou um importante capítulo da história econômica mundial, e seus reflexos alterarão profunda e decisivamente as relações internacionais dos próximos anos. Depois de exigirem rápidas e profundas mudanças nos organismos de financiamento mundial, como FMI e Banco Mundial, e não havendo sucesso, os BRICS ousaram e criaram o “Novo Banco de Desenvolvimento” (NDB), como alternativa própria a esses organismos, cuja supremacia Americana e Europeia não nos interessava mais. Esses cinco países querem fazer valer o seu papel global e o seu peso, cujo PIB junto chega a 15,8 trilhões de dólares num mercado superior a 3 bilhões de pessoas. Foram esses países os responsáveis por evitar que a crise iniciada em 2008 fosse ainda pior e são eles os incumbidos pela recuperação econômica mundial de hoje.

 

2. Protagonismo ímpar

O protagonismo do Brasil nesse processo é fator determinante para as alterações em curso. Não somos mais uma republiqueta de bananas do terceiro mundo, mas uma nação a caminhar forte, a fim de ocupar espaços dignos de nosso tamanho e importância nos cenários internacionais. Isso não é pouco e ajuda na elevação de nossa auto estima tão maltratada por uma grande mídia tupiniquim irresponsável, limitada e desinformativa.

Vale a pena dar uma lida no artigo publicado em http://www.zedirceu.com.br/brics-instituem-nova-fase-na-relacoes-internacionais/ .

Segue texto:

BRICS institui nova fase nas relações internacionais

Criar um banco de financiamento da infraestrutura e um arranjo institucional para evitar estrangulamentos nos balanços de pagamento tem inegável importância histórica. Este é o sentido maior das duas decisões tomadas pelos chefes de Estado e de Governo, reunidos durante dois dias na Cúpula do BRICS, realizada nesta 2ª e 3ª feira em Fortaleza.

Com a criação das duas instituições, os BRICS ganharam a densidade política que ainda não tinham adquirido na história anterior do bloco. Daí a importância das duas decisões.  Consolida-se, assim, a aliança estratégica entre os cinco maiores  países e economias emergentes, nações e povos, encerrando o ciclo histórico dominado pelo unilateralismo norte americano. E se abre-se o caminho para uma nova fase nas relações internacionais, inclusive com as reformas necessárias e urgentes em instituições multilaterais como o FMI e o Banco Mundial e a própria ONU.

Para além da aliança política e estatal entre os cinco países as decisões de Fortaleza avançam numa nova estratégia de desenvolvimento econômico e de relações internacionais. Uma grande vitória da diplomacia e da política externa brasileira e dos governos Lula e Dilma.

Decisões foram resposta à demora na reforma do FMI e do Banco Mundial

Assim, tem toda razão a presidenta Dilma Rousseff ao explicar, no encerramento da Cúpula dos chefes de Estado e de Governo, em Fortaleza, que a criação do NBD e do fundo anticrise do grupo são respostas concretas do BRICS à demora por parte do Banco Mundial e do FMI de implantar reformas: “(A demora) fez com que façamos a nossa parte e não fiquemos só reivindicando”.

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