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Ressuscitaram um blog apócrifo onde consta uma relação de jornalistas que seriam “fantasmas” na Assembleia, e nessa lista consta meu nome. De fato trabalhei na Assembleia por quase dois anos prestando serviço de assessoria de imprensa e depois na corregedoria, no serviço de informações. Por lá que consegui levantar grande parte de informações para o processo administrativo de José Batista e Roberto Sobrinho, que estão em fase de conclusão. Saí da Assembleia no início deste ano e um dos motivos de minha saída foi a pressão de deputados sobre Hermínio Coelho alegando que “eu trabalhava lá e não podia falar mal deles”, como sempre fiz. Se está errado, tem que ser denunciado. Para evitar esse tipo de situação, preferi sair de lá e tocar outros projetos, inclusive de assessoria.
Mas durante o período em que trabalhei na Assembleia, também consegui levantar uma relação com mais de 700 nomes que foram nomeados na Secretaria de Administração do Estado, muitos a pedido de deputados. Essa listagem eu encaminhei ao Ministério Público e a Casa Civil foi comunicada, na época o responsável pela pasta era Juscelino Amaral, que saiu antes de poder tomar qualquer providência. Os fantasmas do executivo continuam lá e no executivo existe a figura do “fantasma”, diferente do legislativo. Fora o caso da esposa de Fernando da Gata que residia em outro estado, quem trabalha na assembleia como assessor, normalmente está na rua atrás de votos para seus deputados. Isso não é novidade para ninguém, se todos os nomeados no legislativo fossem trabalhar dentro do prédio, não teria espaço para tanta gente. O mesmo acontece no Executivo, com uma grande diferença, no governo ou prefeitura o contratado tem que atender o público, tem obrigatoriamente que comparecer a seu local de trabalho.
O que está acontecendo de fato nessa tal Operação Apocalipse é que o governo precisa explicar demais uma coisa inexplicável. Não sou “pago para defender Hermínio” ou quem quer que seja, mas o governo quer que eu saia em sua defesa, que aplauda a operação. Já falei sobre o caso, acho que o trabalho da polícia, no que diz respeito ás investigações sobre fraudes foi perfeito, mas o problema é que, por mais que o governo negue, a operação foi politizada sim.
Chama a atenção o depoimento da falecida esposa de Jair Montes. Ela procurou a polícia, deu um depoimento bombástico e ninguém tomou providências, mesmo quando ela afirmou estar sendo envenenada. Eliane Montes faleceu no hospital cerca de um ano depois. Ninguém deu atenção às ameaças? Seu depoimento não tinha credibilidade? Porque só veio à tona após sua morte?
Confúcio precisa dar explicações sobre suas lambanças, entre elas o fato de ter alugado um apartamento superfaturado de Beto Baba, que ficava fechado à disposição de Mangabeira Unger, um fantasmão que vem à Rondônia a cada três ou quatro meses para tergiversar sobre o óbvio.
O governador também precisa explicar o financiamento de sua campanha e a venda de contratos do governo pelo seu cunhado. E não adianta falar que “não sabia de nada”, Confúcio é qualquer coisa, menos burro ou desinformado.
Alan Alex é jornalista e editor da coluna Painel Político
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