A Amazônia é a região mais isolada do Brasil com poucas rodovias e tendo os rios como vias de transporte em grande parte dos municípios. Com o projeto de integração de hidrovias e ferrovias surge a necessidade de melhorar as estradas da região. Tanto a hidrovia do rio Madeira que dá acesso ao Atlântico e a futura ferrovia transoceânica terão aporte das rodovias para complementar a logística e Rondônia será beneficiada com os investimentos do Novo PAC.
Na Amazônia Legal e em projetos relacionados à região, as iniciativas de rodovias, ferrovias e hidrovias não devem ser avaliadas separadamente: em conjunto, elas organizam corredores logísticos destinados principalmente ao transporte de commodities para exportação. A introdução de um modal afeta diretamente a do outro, aumentando os efeitos acumulativos sobre a floresta, os rios e as comunidades locais.
Importância das rodovias
A malha rodoviária é o modal com maior número de intervenções em curso e planejadas. Na região amazônica são seis rodovias concedidas; estudos de concessão em outras 3 rotas; construção e/ou pavimentação em 21 rodovias; e ações de adequação, melhoramento e/ou duplicação em 13 rodovias.
No PAC, estão previstas intervenções em diversas rodovias federais: dez trechos em adequação ou duplicação, 19 em construção ou pavimentação, sete com investimentos de concessões e dois em estudo de concessão. No PPI, aparecem dois destaques: a concessão da Rota Agro, formada pelas BR-364, BR-070 e BR-174, que cortam Goiás, Mato Grosso e Rondônia, com trechos já leiloados e outros em processo de concessão.
Já a BR-158/155, rodovia federal que atravessa o Brasil de norte a sul, que ainda está em fase de estudo para futura concessão no Mato Grosso e Pará. Já o PPA traz a previsão de intervenções em 24 rodovias, sendo adequação ou duplicação em 11 delas e construção ou pavimentação em 21, além de recuperação e manutenção de rodovias.
Vale ressaltar que parte do orçamento demonstrado no PPA é destinado diretamente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sem vinculação detalhada de obras ou projetos específicos. Assim, o número de infraestruturas aqui colocado pode ser maior, principalmente para obras rodoviárias.