Decreto do presidente aponta novidades apenas para servidores de Roraima e Amapá
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O senador e candidato ao Governo do Estado, Marcos Rogério (PL), mentiu ao anunciar com alegria a transposição dos professores leigos de Rondônia, na última quinta-feira (30).
Em um vídeo publicado no YouTube, ele disse que “mais uma boa notícia para os nossos servidores da transposição, após uma luta conjunta minha e do senador Messias de Jesus, de Roraima, e Lucas Barreto do Amapá, o presidente Bolsonaro acaba de assinar um decreto revogando a questão da escolaridade, que é exigida no momento do termo de opção”.
Marcos Rogério anunciou decreto que beneficiaria professores rondonienses, mas documento não cita Rondônia - Foto: Reprodução de vídeo
E segue: “Isso resolve um grande problema. Com isso, também resolvemos a questão dos nossos professores leigos e outras categorias que era exigida a escolaridade. Foi uma união dos três estados: Rondônia, Roraima e Amapá. Obrigado presidente Bolsonaro por sua sensibilidade. Muitos prometeram e não fizeram! Mas nosso presidente resolveu essa questão fazendo justiça aos nossos servidores”.
Mas, quando o decreto 11.116/2022 foi publicado no dia 01 de julho, para surpresa dos professores e outras categorias que aguardavam a confirmação da boa nova dita por Marcos Rogério, todos ficaram de queixo caído: apenas Roraima e Amapá foram de fato, agraciados com a medida.
Trecho do decreto destacado pelo Rondoniaovivo não cita Rondônia, apenas servidores de RR e AP
Inclusive no mesmo dia, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia (Sindsef) publicou uma pequena nota anunciando a medida, com o vídeo de Marcos Rogério, mas ao que parece a entidade não percebeu o drible que levaram ou o erro cometido pela equipe do presidente Jair Bolsonaro ou do senador rondoniense.
Detalhes
A última sexta-feira (01) foi de correr contra o tempo no serviço público de estados, municípios e Governo Federal para publicação de atos oficiais que garantiam a concessão de direitos aos servidores públicos.
O motivo é a vedação da lei eleitoral que proíbe os governos de publicarem atos concedendo vantagens ou benefícios para servidores públicos, entre 02 de julho e 01 de janeiro de 2023.
Decreto 11.116/2022 publicado no último dia 01 de julho
Os servidores ficaram tensos, pois a última portaria de transposição, antes de 02 de julho foi publicada pela Comissão no último dia do prazo limite da proibição da lei eleitoral. Mas aí para os rondonienses veio a triste e desagradável supresa: eles não foram sequer citados no decreto assinado pelo presidente Bolsonaro e subscrito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
As perguntas que ficam: Rondônia é Roraima? O que vai acontecer a partir de agora? Ainda dá tempo de corrigir essa lambança? Dá para gravar outro vídeo explicando o que aconteceu senador? Ou os servidores rondonienses vão ficar chupando o dedo e com cara de tacho? O que o Brasil vai ver agora?
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