Confira a coluna de Victoria Bacon
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A matéria que retoma a cobrança de taxas de serviços na Unir foi iniciativa do Reitor, Ari Miguel Ott sem consultar o movimento estudantil (DCE). Apenas 1 foi contrário à aprovação dessa escandalosa cobrança, o representante do sindicato dos docentes, Leonardo Severo da ADUNIR. A Unir conta com 10 mil alunos e o Reitor engordou os olhos com a iniciativa!
Ari Miguel Ott que é atualmente presidente dos Conselhos Superiores e ocupa o cargo de Reitor da Unir é o proponente da matéria que gerou revolta na comunidade estudantil da Unir.
Lamentável e revoltante, assim definiu a coordenadora do Diretório Central dos Estudantes da Unir à jornalista Vick Bacon na noite dessa segunda-feira (01) de julho. Os estudantes foram pegos de surpresa com a decisão do Conselho da Unir que volta, após anos, a cobrar taxas e serviços da comunidade acadêmica e externa da Universidade Federal de Rondônia. A propositura ou indicação da matéria que restabelece a cobrança foi originada no gabinete do Reitor da Unir, Ari Miguel Ott sem sequer consultar os estudantes através de seus representantes no Conselho Superior ou no próprio DCE. Tido feito às escondidas e por debaixo dos panos, afirmou uma fonte que trabalha na Unir como servidor.
Todos nós sabemos o “nível” de democracia e diálogo do Reitor Ari Miguel Ott. Quando é para favorecer a ele e a seu grupo feudal na Unir eles esquecem de convidar os representantes dos professores (Adunir), dos técnicos (Sintunir) e principalmente a maior força política da Unir, os alunos (DCE).
Não é possível que às pressas, os conselheiros do Conselho Superior da Unir, tenham apreciado e aprovado, em sua esmagadora maioria, um assunto que sacrifica os alunos, apenas eles! Inadmissível e inaceitável postura do Reitor da Unir que justificou a aprovação da matéria utilizando-se do discurso da falta de dinheiro, devido aos recentes bloqueios de recursos financeiros da Unir por parte do MEC. Mentira! A UNIR atravessou outros contingenciamentos de recursos pelo MEC em duas outras ocasiões (2013 e 2015) e não houve a suspensão da cobrança das taxas dos alunos que utilizam serviços da Universidade.
A incompetência e ingerência do Reitor e seus assessores é conhecida em toda a comunidade acadêmica. O Hospital Universitário há 15 anos não é concluído e se gastou o equivalente a 2 hospitais. O Restaurante Universitário (RU) que iria beneficiar mais de 5 mil alunos, professores e servidores, não é concluído e o valor desperdiçado daria para construir 2 restaurantes. O Teatro Universitário é outra aberração com o dinheiro público, um elefante branco que consumiu tanto dinheiro que se perdeu as contas de quantos outros teatros poderiam se construir. VERGONHOSO!
O Reitor da Unir Ari Miguel Ott, sedento por dinheiro público, resolveu do nada, ressuscitar depois de longos anos a cobrança de taxas de serviços na Unir dos alunos. Uma ideia escrota e lamentável. O Sr. Ari Miguel não tem condições moral e administrativa para gerenciar dinheiro algum. Em 2018 exatamente no dia 26 de outubro foi transitado em julgado sua condenação por desvio de dinheiro público da educação de Rondônia quando exerceu o cargo de secretário de educação do governo Valdir Raupp (1995-1999). Ari Miguel tem outros processos transitando na justiça federal por improbidade administrativa que podem ser consultados na ferramenta de pesquisa google. O Reitor da Unir, Ari Miguel não consegue entregar o hospital universitário à comunidade rondoniense, não consegue entregar o Restaurante Universitário aos alunos e servidores, não consegue entregar o Teatro à comunidade e busca na cobrança de taxas dos alunos a tábua de salvação dos problemas da Unir. Surreal!
Estudantes da Unir em atos de mobilização em frente à Reitoria. Agora há motivos para uma mobilização conjunta contra a cobrança de taxas dos aiunos.
O Diretório Central dos Estudantes deve convidar os alunos a se manifestarem contra o proponente da matéria que é o Reitor da Unir, Ari Miguel Ott e, caso ele não revogue a decisão do Conselho Superior na condição de presidente desse, os estudantes devem se mobilizar para uma Greve em todos os campi da Unir, afirmou um aluno à jornalista dessa coluna diária.
Os conselheiros precisam ter a consciência que foram colocados numa armadilha pelo presidente do Conselho que também é o Reitor da Unir, Ari Migel Ott e solicitarem ao gabinete, reunião extraordinária para avaliar a infeliz decisão de retomada da cobrança e cancelamento do Ato Decisório do Reitor que será publicado caso os alunos não se manifestem.
É o momento da Unir se mobilizar e enfrentar o coronelismo do Reitor Ari Miguel que ficou claramente anunciado na sua propositura em retomar a cobrança de taxas dos alunos. Quem vai fiscalizar? Para onde vai esse dinheiro? A Unir conta com aproximadamente 10 mil estudantes em todo o Estado de Rondônia, evidente que o Reitor Ari Miguel engordou os seus olhos com essa infeliz e frustrada tentativa de jogar na comunidade estudantil seus problemas de mau gestor público.
Parte do texto extraído da Ata do Conselho Superior da Unir de 26 de junho de 2019 que aprovou a cobrança de taxas.
Da Câmara de Administração, Orçamentos e Finanças – CAOF, 4.2 Processo: 99955229.000036/2019-14, Parecer: 4/2019/CAMAOF/CONSAD/CONSUN/SECONS/REI/UNIR, Assunto: Estabelecimento de isenção e cobrança de taxas na Fundação Universidade Federal de Rondônia, Interessado: PROPLAN, Relator: Conselheiro Alex Alves de Almeida, Decisão: Por dezoito votos favoráveis, um contrário e duas abstenções, o Pleno aprova o parecer, juntamente com as emendas feitas pela Câmara. O conselheiro Leonardo Severo da Luz Neto faz declaração de voto: “Manifesto-me por abstenção quanto à cobrança de taxas, por defender a Universidade pública e gratuita.” Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente deu por encerrada a reunião, da qual, para constar, eu, Juraci Magalhães Rodrigues, secretário dos Conselhos Superiores, lavrei a presente ata que, lida e aprovada, vai assinada eletronicamente por mim e pelo Presidente.
Ari Miguel Ott
Presidente dos Conselhos e Reitor.
A matéria acima foi indicada pelo próprio Reitor dias antes da apreciação pelos conselheiros. O movimento estudantil (DCE) não foi comunicado. Tudo feito no absoluto sigilo e surdina do Reitor Ari Miguel. Rumo à Greve!
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