Ministros de Temer prometem cortar 4 mil cargos comissionados até o fim do ano

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Foto: Divulgação

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Em entrevista coletiva ao lado dos ministros da Casa Civil e da Saúde, Eliseu Padilha e Ricardo Barros, nesta sexta-feira (13), o ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou que o presidente em exercício, Michel Temer, determinou que seja revista a estrutura de ministérios, com a previsão de cortes de quatro mil cargos comissionados e outras formas de contratação sem concurso até 31 de dezembro. De acordo com ele, os cortes correspondem ao dobro do que a presidente afastada, Dilma Rousseff, havia prometido – e que não ocorreram. Jucá confirmou que a meta fiscal deve ser aprovada na próxima semana no Parlamento com déficit de R$ 96 bilhões. O novo ministro da Saúde e deputado federal licenciado Ricardo Barros (PMDB-PR), que foi relator da proposta de Orçamento, afirmou que o governo de Dilma enviava corriqueiramente orçamentos com receitas superestimadas. Segundo ele, apesar da aprovação prevista, o rombo certamente será revisto.

"Teremos certamente um déficit fiscal superior aos R$ 96 bilhões e terá de se reavaliar essa questão", avaliou Barros. "Temos R$ 230 bilhões de restos a pagar, que, obrigatoriamente, serão cumpridos por serem impositivos."Ainda sobre a questão fiscal, Jucá afirmou que projetos de lei de aumento encaminhados e negociados com servidores serão mantidos, mas destacou que o governo afastado enviou na quinta-feira sete projetos de reajustes que ainda serão avaliados.Segundo o ministro, o governo deve seguir trabalhando junto com a Casa Civil para um novo procedimento de gestão e governança pública. "O processo de gasto da máquina será racionalizado e permanentemente acompanhado para ser eficaz", afirmou.

"Estabilidade"

Esbanjando confiança, Jucá ressaltou que, "com estabilidade do clima político", o governo Temer poderá contar "rapidamente" com o ingresso de recursos de algumas medidas que estão no Congresso Nacional. "Existe uma série de ações voltadas para consolidação de um novo modelo econômico", apoontou. "Ações são complementares, mas medidas certamente levarão à queda da inflação e dos juros."

Segundo Jucá, o novo modelo econômico da gestão Temer será "mais estável, equilibrado, menos intervencionista, menos ideológico e menos centralizador". "As reformas e mudanças avançarão a passos firmes e com muita responsabilidade", disse.Jucá citou a criação de uma secretaria, dentro do Ministério da Fazenda, para a área de Previdência Social. Ele destacou que a Previdência é uma conquista do povo brasileiro e que o objetivo é buscar um modelo sustentável: "Queremos que o aposentado de hoje e o de daqui 15 anos possam receber na integralidade o que devem receber".


 
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