Ezequiel Júnior avisa que índios podem fechar a BR 364 em Cacoal

Da Redação

03 de Dezembro de 2015 às 11:23

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Ezequiel Júnior avisa que índios podem fechar a BR 364 em Cacoal

Foto: Divulgação

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Cerca de 200 indígenas já ocupam o Distrito Sanitário de Saúde Indígena e outros 100 chegarão à cidade

O deputado Ezequiel Júnior (PSDC) está mobilizando a bancada federal para tentar evitar que 200 índios de cinco etnias fechem a BR 364 em Cacoal. Eles já ocuparam o Distrito Sanitário da Saúde Indígena no município para protestar contra o que chamam de descaso do governo. Lideranças explicaram ao parlamentar que há muitos índios morrendo, principalmente de tuberculose.

De acordo com Ezequiel, os índios exigem a presença do secretário de Saúde Indígena, Antônio Alves, ou então de um representante da secretaria ainda nesta quinta-feira (3). “O ideal é que seja o próprio secretário, senão teremos problemas”, adiantou o deputado.

Ezequiel Júnior citou que outros 100 índios de mais etnias estão chegando a Cacoal nas próximas horas. “Se a rodovia for fechada, vai demorar a ser reaberta. Quando brancos interditam uma BR a Polícia Rodoviária Federal pode agir rapidamente. Em se tratando de índios, é diferente”, lembrou.

O deputado foi procurado por uma amiga, a líder Maria Leonice Tupari, por isso decidiu interceder pelos indígenas, acionando a bancada federal. “A reivindicação deles é justa. Pelo que alegam, a situação está muito difícil nas aldeias, devido à inércia da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília”, acrescentou.

Ainda de acordo com Ezequiel, os indígenas disseram que já enviaram diversos recados à Sesai, e como não foram atendidos decidiram agir de forma mais dura. “Sou a favor da negociação. Quando foi procurado por Maria Leonice Tupari vi que o caso é sério, mas entendo que a situação pode ser resolvida sem que a BR 364 seja fechada”, afirmou.

O parlamentar disse que os índios também estão protestando contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que define demarcação de terras indígenas quilombolas e áreas de preservação ambiental. “Eles alegam que a forma como está sendo feita é prejudicial às etnias”, destacou.

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