Afronta à democracia – Por Valdemir Caldas

Da Redação

13 de Março de 2015 às 09:50

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Afronta à democracia – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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A conquista da democracia, no Brasil, não foi tarefa fácil. Muitos pagaram com a própria vida. Por isso, merecem desprezo e repúdio os que se julgam mais democráticos que os outros e confundem democracia com baderna.

A sede da TV Rondônia, afiliada da Rede Globo, foi alvo, ontem pela manhã, de violenta provocação perpetrada por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST).

Incentivados por aqueles que entendem que a imprensa não tem o direito de informar à sociedade os meandros da corrupção na Petrobras, os manifestante gritavam palavras de ordem e picharam a parede do muro da emissora.

Foi a maneira que eles encontraram para tentar abafar o grito da população que pretende sair às ruas no próximo domingo (15), para protestar não somente contra o assalto aos cofres públicos, mas, também, o aumento abusivo nos preços de produtos e serviços.

A cidade, no entanto, não pode ficar sujeita ao vandalismo. Compreende-se e até se aplaude a conduta da direção da emissora que não recorreu ao uso da força. Entretanto, não se pode esquecer que a depredação do patrimônio público ou privado requer ação da polícia.

Essa provocação tem motivação cristalina. Procura-se intimidar a imprensa a não divulgar a corrupção na Petrobras, que teria começado em 2003, logo depois da posse do então presidente Lula.

Essa gente, que desconhece as mudanças que vêm ocorrendo no mundo, deveria abrir os olhos para a realidade. Em vez disso, se isola da atividade política e cai no campo da pura delinquência.

O país está vivendo um momento grave e perigoso, que poderá comprometer o nosso futuro como nação se não for devidamente considerados e equacionados as suas causas e os seus efeitos.

As incompreensões, decorrentes pelo indeclinável dever que a imprensa tem de bem informar, não podem, jamais, levá-la a arredar o pé um só milímetro de sua conduta.

Incompreensões, ingratidões e ofensas sempre estiveram presentes na história do homem, até que a sociedade aprenda a conviver democraticamente, por atos mais que por palavras.

Direito ao esquecimento

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