Quando a paciência chega ao limite - Por Valdemir Caldas

Os episódios ocorridos no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, aos quais poderiam juntar-se outros, apenas revelam que a paciência, mesmo sendo uma virtude que todos devem cultivar, não resiste ao desrespeito.

Quando a paciência chega ao limite - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Os episódios ocorridos no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, aos quais poderiam juntar-se outros, apenas revelam que a paciência, mesmo sendo uma virtude que todos devem cultivar, não resiste ao desrespeito.
E foi exatamente isso o que aconteceu na madrugada de quarta-feira (16). Revoltados com o não cumprimento de acordos trabalhistas por parte do consórcio responsável pela construção da usina, trabalhadores promoveram um quebra-quebra, que culminou com a queima de veículos e de parte do acampamento.
O desespero toma conta das pessoas e as leva a praticar atos que, em outras condições, dificilmente aconteceriam. A experiência tem revelado quão suscetíveis são as pessoas de praticar atos violentos, quando carentes de condições para enfrentar, com equilíbrio, as dificuldades que lhes impõe a vida.
Para desencanto dos que ainda acreditam em certos sindicatos, como instrumento de luta de classe, sabe-se, agora, que os que deveriam zelar pelos interesses dos trabalhadores de Jirau, aproveitavam as confortáveis acomodações de um hotel de selva, enquanto o circo pegava fogo.
Os acontecimentos provocaram reações as mais diversas. Na ALE, o deputado petista e vice-presidente da Casa, José Hermínio Coelho, tratou de jogar a culpa no consórcio. Seu colega, Valter Araújo, sustentou que a empresa não venha cumprindo compromissos celebrados com o governo do estado e a prefeitura de Porto Velho, em termos de contrapartida.
Entretanto, nada justifica a ação beligerante promovida por pessoas cuja conduta não pode ser confundida com a de trabalhadores que ali estão para defenderem o pão nosso de cada dia para si e seus familiares.
A depredação pura e simples do patrimônio público ou privado, como instrumento para a conquista de reivindicações laborais, é, simplesmente, inaceitável, incompatível com as regras do bem viver e, por isso mesmo, não pode ser tolerada.
Por certo, não são de hoje as causas de acontecimentos como os de Jirau. Na verdade, há muito se instalou neste país uma guerra civil sem quartel e sem declaração. É só analisar os números e logo se verificará o estado de agressividade no qual a sociedade está mergulhada.
Louvável o esforço da Câmara Municipal de Porto Velho e da Assembléia Legislativa de Rondônia ao realizarem sessões populares para ouvirem, principalmente, os moradores das áreas que serão atingidas pelos dois empreendimentos (Jirau e Santo Antonio). E, também agora, depois do episódio.
Infelizmente, o mesmo não se pode dizer do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT) e do ex-governador Ivo Cassol. A eles, faltaram, em essência, além de espírito público, coragem e determinação para chamarem a si a responsabilidade dos problemas apontados no inicio das obras.  
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