Chega a ser cruel a apatia de certos administradores e mesmo da sociedade para com os nossos monumentos históricos. Observe-se, por exemplo, o prédio (ou melhor, o que sobrou dele) localizado na ladeira Comendador Centeno, onde, durante muitos anos, abrig
Foto: Divulgação
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Chega a ser cruel a apatia de certos administradores e mesmo da sociedade para com os nossos monumentos históricos. Observe-se, por exemplo, o prédio (ou melhor, o que sobrou dele) localizado na ladeira Comendador Centeno, onde, durante muitos anos, abrigou a prefeitura de Porto velho e, posteriormente, a Câmara Municipal.
Essa indiferença, invocada de forma lamentável, se relaciona com as suas estruturas e com a sua conservação.
Enquanto milhões de reais são desviados para os bolsos de ladravazes contumazes, parte da história política de Porto Velho vem sendo consumida pelo matagal e pelo lixo, transformada em refúgio de marginais e animais peçonhentos.
Em tempos idos, soube-se que recursos federais teriam sido liberados para recuperar o prédio. Como a reforma não saiu no prazo, o dinheiro teria voltado aos cofres da União.
No governo do prefeito Carlinhos Camurça, o então Secretário Municipal de Cultura, Jaime Melo, prometeu recuperar o imóvel. Na época, Melo anunciou que existiam projetos visando não somente recuperar o prédio da Comendador Centeno, mas, também, a praça Aluizio Ferreira e outros prédios públicos. Pura balela!
A verdade nua e crua, porém, é que, nos últimos decênios, Porto Velho vem sofrendo profundas transformações em sua fisionomia urbana, apresentando-se, hoje, como uma cidade na iminência de perder, por completo, os seus traços característicos mais singulares.
Lamentavelmente, o poder público pouco ou quase nada tem feito para mudar esse panorama tétrico, limitando-se, apenas, a concentrar seus esforços na gestão pura e simples do dia-a-dia, sem procurar desenvolver uma ação mais planejada para os seus projetos. Pensar no futuro da cidade, diante de um quadro com tantas premências, não é tarefa para qualquer um.
No centro comercial, a situação é patética. Os velhos casarões vão cedendo lugar às fachadas modernas, algumas, diga-se, de muito mau gosto, e suas vias, empilhadas de camelôs, impedem a circulação de pedestres, que, na maioria das vezes, são obrigados a dividir a pista de rolamento com os veículos.
No passado, dizia-se que nem tudo estava perdido e que o poder municipal recuperaria o imóvel. E, hoje, o que tem sido feito de concreto para revigorar o que ainda resta do patrimônio histórico e cultural da nossa cidade? Simplesmente, nada!
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