Só discurso não vai resolver o problema da violência – Por Valdemir Caldas

Só discurso não vai resolver o problema da violência – Por Valdemir Caldas

Só discurso não vai resolver o problema da violência – Por  Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Entra governo, sai governo, repete-se a mesma cantilena. Agora, é a vez de o secretário de segurança pública anunciar o que chamou de “ações inéditas” para combater o banditismo, que coloca Porto Velho no ranking das capitais mais violentas do país.

Enquanto os discursos e as boas intenções oficiais não saem do papel, a população continuar à mercê de marginais que estupram, roubam e matam, com a se a vida significasse um papel inútil, que descarta na lata de lixo.

Não é mais possível tangenciar diante do problema, cedendo terreno, quer seja pelo silêncio, quer seja pela adoção de medidas inócuas, que em nada contribuem para devolver à sociedade um pouco da tranqüilidade, desde há muito perdida.

É preciso entender que essa gente não respeita ninguém: a justiça, as leis e as polícias. Os assaltos vêm ocorrendo à luz do sol, com as vítimas sofrendo as mais repulsivas humilhações.

A população vem sendo atrozmente agredida pelos seus inimigos sociais. Tornar-se urgente responder a esse pessoal com todos os meios e métodos colocados ao dispor da polícia e da justiça.

Há pouco, o senador Magno Malta (PR-ES) foi à tribuna do Senado cobrar a redução da maioridade. Amparados nessa prerrogativa constitucional, facínoras de dezesseis e dezessete anos vêm deitando e rolando, praticando toda sorte de patifaria contra a sociedade.

Ninguém possui garantia de vida, seja na rua, em casa ou no trabalho. Todos, sem distinção, são alvos fáceis do banditismo. Se fosse legalmente permitido, muitos andariam como uma metralhadora a tiracolo. Mas apenas os criminosos têm o privilégio de usar e abusar desse e de outros instrumentos da morte.

Porto Velho transformou-se não numa espécie de vestíbulo, mas no próprio inferno, no império de satanás, onde o que predomina, naturalmente, é a lei do mais forte contra o mais fraco.

As autoridades precisam voltar suas vistas para o problema da violência e dar-lhes a mesma prioridade e atenção por vezes concedidas a assuntos muito menos relevantes.

Não duvido das boas intenções do cidadão, nomeado pelo governador Confúcio Moura (não sei se por mérito pessoal ou por indicação política), para comandar a pasta da segurança pública, mas só isso não é suficiente.

A população está com a paciência exaurida de ver a marginalidade ganhar todas. Só discursos e frases de efeito não vão resolver o problema da violência.

 

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