A CPI do Crime Organizado começa os trabalhos amanhã (18), às 9h, com a oitiva do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, e do diretor de Inteligência da PF, Leandro Almada da Costa. As convocações atendem ao requerimento do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
O objetivo é atualizar o diagnóstico sobre a expansão e a infiltração das facções criminosas no país, além das estruturas de lavagem de dinheiro que sustentam milícias e redes transnacionais. Os depoimentos também vão subsidiar o debate do Projeto de Lei das Facções Criminosas, em tramitação na Câmara.
Os senadores devem questionar a cooperação entre forças de segurança, como a Operação Carbono Oculto que desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro por fintechs e postos de combustíveis — e o trabalho conjunto da PF com a Secretaria de Segurança do Rio após a operação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos.
Instalada em 4 de novembro, a CPI tem 120 dias para investigar a atuação e o crescimento de facções e milícias no país. É presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), tem Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como vice e Alessandro Vieira como relator.