Preso por assalto que matou aluna diz estar arrependido: 'Agora é pagar'
Foto: Divulgação
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A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira (19) o jovem Mateus Queiroz Aguiar, de 18 anos, suspeito de envolvimento na morte da estudante Nathália Zucatelli, também de 18, a cerca de dois meses, em Goiânia. Ele admitiu em depoimento que pilotava a moto usada no assalto à jovem quando ela saia de um cursinho pré-vestibular, no Setor Marista.
Mateus disse estar arrependido, mas afirmou que a maior parte da culpa é de Natália Gonçalves de Sousa, de 20 anos, que estava na garupa e confessou após ser presa, três dias depois do crime, que efetuou os disparos. Além dela, o dono de um galpão de materiais recicláveis, Fernando Rodrigues Júnior, de 27 anos, também foi preso suspeito de ter fornecido a arma para o crime.
"Não tinha a intenção de matar ninguém, só roubar. Na hora, parei a moto mais para frente e só ouvi o disparo. Me arrependo sim, foi uma fatalidade. Sei que a dor da família não passa. A Natália foi a autora do crime e acabou com a vida de todo mundo. Agora é pagar pelo que fiz e seguir a vida", disse Mateus durante a apresentação.
O crime aconteceu por volta das 21h30 de 22 de fevereiro. Nathália morava em Ji-Paraná, mas havia se mudado para Goiânia três semanas antes para estudar. Ela foi morta com um tiro quando seguia para casa, a cerca de uma quadra de onde estudava, o Colégio Protágoras, no Setor Marista.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a estudante foi assassinada. O vídeo flagrou quando um casal em um moto aborda e atira contra a vítima.
Preso no ônibus
De acordo com o delegado Francisco Lipari, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Mateus fugiu para a cidade de Estrito, no Maranhão dois dias após o crime. Em seguida, viajou para Araguaína, no Tocantins. Em ambos os casos, ficou na casa de amigos.
O investigador revela que a polícia levantou informações e descobriu que ele viria nesta manhã para Goiânia. Diante disso, foi montada uma operação para vistoriar todos os ônibus que viessem da cidade tocantinense para a capital goiana. Em um deles, o suspeito foi localizado.
Lipari disse que, segundo os suspeitos, Nathália foi baleada porque teria segurado a bolsa no momento do crime, versão desconstruída pela polícia. "A vítima não tentou resistir. Foi uma reação normal, ela se afastou e segurou a bolsa. Para a polícia, o caso está concluído", definiu.
Mateus não tinha passagens pela polícia. Ele foi indiciado por latrocínio - que é o roubo seguido de morte - e pode pegar uma pena de 20 a 30 anos caso seja condenado.
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