Um ato cívico para cobrar a apuração de todos os possíveis envolvidos no escândalo dos precatórios do Tribunal Regional do Trabalho em Rondônia (TRT 14ª região), está marcado para a próxima terça-feira (19), em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rondônia (OAB/RO). Caminhão de som, carro pipa, faixas e cartazes na porta da OAB/RO.
Diversos segmentos da sociedade civil já confirmaram presença ao ato público, que visa cobrar apuração rigorosa no escândalo que envolve, inclusive, ao presidente da Ordem, o advogado Hélio Vieira.
Como sempre encampa movimentos em defesa da ética e contra a corrupção, a OAB/RO agora se encontra em meio ao escândalo bilionário e a sociedade cobra esclarecimentos. Segundo apurou a Polícia Federal, preliminarmente, o pagamento de precatórios envolveu ameaças de morte e suposto roubo de milhões de reais de servidores públicos.
Segundo o deputado estadual Hermínio Coelho (PSD), e presidente da Assembleia Legislativa, a sociedade precisa saber se de fato houve algum ilícito no pagamento dos precatórios, e, principalmente, precisa passar a limpo se o atual presidente da Ordem estaria envolvido no suposto esquema.
“Durante as investigações e sessões para a cassação de deputados estaduais envolvidos na Operação Termópilas, a OAB, tendo a frente o seu presidente Hélio Vieira, foi na frente da Assembleia Legislativa lavar as calçadas contra os desmandos do ex-presidente Valter Araujo (PTB). A ação surtiu efeito e o Valter foi cassado”, disse Hermínio.
Segundo o presidente da Assembleia, “eu gostei da ideia e sugeri aos movimentos sociais que façamos o mesmo: agora vamos à porta da OAB realizar ato similar, para quem sabe termos o mesmo resultado, que seria a renúncia ou afastamento do atual presidente da OAB”.
Hermínio sugeriu ainda que, para assegurar mais transparência ao processo de investigação, o presidente da Ordem deveria renunciar. “A OAB sempre está junto na luta contra a corrupção e um fato lamentável como esse não pode manchar a imagem combativa da Ordem”, completou.
Na Assembleia, já se cogita a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar os possíveis crimes que teriam cercado o pagamento dos precatórios pelo TRT.