Uma operação da Polícia Federal em abril do ano passado, com origem no estado do Mato Grosso provocou um grande alvoroço no meio político da capital de Rondônia, com a prisão do secretário municipal de saúde de Porto Velho, administrador Williames Pimentel. (Na foto ao lado da deputada Marinha Raupp)
Denominada Higéia, a operação cumpriu 76 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária em Mato Grosso, Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo a PF, na época 17 mandados foram contra servidores públicos. Articulada em cooperação com a Controladoria Geral da União (CGU), que comprovou em auditorias preliminares o desvio de R$ 51 milhões em obras e serviços não executados da Funasa e outros órgãos federais.
Passado quase um ano após a execração pública de Williames Pimentel, um documento estilo certidão, expedido pelo Departamento de Polícia Federal em Mato Grosso, retira as suspeitas que culminaram com a prisão do secretário na referida operação.
No documento a DPF/MT atesta que em relação a operação Higéia, o secretário Pimentel não foi indiciado criminalmente, nem responde nenhum inquérito policial naquela unidade, responsável pelas solicitações de prisão. O documento foi assinado pelo escrivão Kleber José em dois de dezembro de 2010.
Em contato com assessoria de Pimentel, foi informado que o administrador público foi ouvido na condição de testemunha, considerando-se o pedido de prisão como um exagero e excesso de zelo por partes das autoridades envolvidas no caso.
Ainda segundo a assessoria, mesmo agora com a notícia de que Pimentel não foi indiciado, muito menos processado, fica uma mácula no currículo de homem público abnegado, marca indelével do caráter de Pimentel.
Serão precisos muitos anos de trabalho árduo para se apagar um exagero policial que manchou a reputação profissional e particular do secretário, completou a assessoria de Pimentel.