Uma proprietária de um boteco registrou na tarde deste domingo (1¨) uma ocorrência policial de constrangimento ilegal contra um policial militar e sua namorada, além de relatar um suposto corporativismo e prevaricação de integrantes de quatro guarnições da PM.
Segundo a vitima, Vanusa M.P. na madrugada do dia 08/05/2010 uma mulher de pré-nome Jaqueline estava ingerindo bebida alcoólica no seu bar, quando em dado momento passou a provocar a garçonete, tentando ainda agredir a mesma fisicamente. Ainda segundo relato da vítima contido no B.O. 10E1002004876, um amigo da acusada tentou acalmá-la, porém Jaqueline chamou seu namorado que é PM. O policial de pré-nome Zeca compareceu ao local juntamente com uma patrulha da PM. Os policiais recolheram as duas mulheres, tendo na saída a acusada dado um empurrão na comunicante, tentando lhe agredir fisicamente.
Já na madrugada deste sábado (15), novamente a acusada voltou ao boteco de Vanusa, desta vez acompanhada com seu namorado PM, e pediram para serem atendidos, pois queriam "beber". Vanusa recusou-se a atendê-los, pois segundo a comunicante, a acusada quando ingeri bebida alcoólica fica agressiva e provoca as pessoas, espantando a freguesia e lhe causando prejuízos. O PM enamorado passou a agredir a vítima com palavras de baixo calão e ameaças, como: "Você vai se arrepender da graça vai se foder, tu vai pagar bem caro, vou te provar". Sem mostrar medo, Vanusa respondeu que iria denunciá-lo na corregedoria da Policia Militar. Ato continuo, o policial teria supostamente debochado, afirmando “pode ir vai ser só mais uma, não vai dar em nada".
Alegando constrangimento por não ser atendido, o policial acionou a PM, assim como também Vanusa ligou para o 190. Rapidamente chegaram ao local quatro viaturas e os mesmos pediram o alvará de funcionamento do boteco.
A vitima informou que estava com a taxa do Alvará paga, mas que o papel estava em sua casa, não sendo possível apresentar o documento para eles na ocasião. Os PMs deram um prazo de 30m para ser fechado o bar ou os mesmos levariam a todos presos. Vanusa obedeceu a ordem dos PMs e fechou seu estabelecimento.
Na tarde deste domingo foi até a 2ª delegacia de polícia e relatou os fatos a autoridade de plantão, que vai apurar a veracidade da denuncia.
Numa cidade que a maioria dos botecos não possuem alvará, nem mesmo mínimas condições de higiene, estranha a ação dos Pms, que deveriam então desencadear uma grande operação para fechar estes locais para não parecer que foi corporativismo no atendimento da ocorrência. Nestes “inferninhos” reinam muita cachaça e violência, aumentando os índices de crimes na capital. Espera-se que está não tenha sido uma ação isolada dos policiais que atenderam a ocorrência e que a preocupação com os alvarás de funcionamento se estenda por toda a capital.