O empresário Rogério de Oliveira Rosa, 30, dono da rede de supermercados BC, foi assassinado por volta de 1h da tarde de ontem, quando chegava para fechar o caixa de uma das lojas, no cruzamento das avenidas S-4 com N-5, no bairro Pintolândia.
Ele foi surpreendido por dois homens em uma moto Twister de cor prata com aro preto, que efetuaram três disparos, sendo que dois atingiram o braço e a cabeça do comerciante. O tiro fatal, segundo testemunhas, atravessou o olho e saiu na nuca do comerciante, que ainda chegou a ser socorrido e levado para o Pronto Socorro Francisco Elesbão. Rogério não resistiu aos ferimentos e morreu cerca de uma hora após dar entrada no hospital.
Testemunhas contaram que tudo foi muito rápido e os criminosos fugiram logo após efetuar os disparos, sem levar nada do supermercado. Os bandidos estavam de capacete e até o fechamento desta matéria, a polícia ainda não havia divulgado a identificação deles.
HOSPITAL – No início da tarde, familiares e amigos lotaram o Pronto Socorro Francisco Elesbão, em busca de informações. Todos estavam chocados com o fato. Um dos amigos, que pediu para não ter a identidade revelada, levantou a hipótese de que o crime tenha ocorrido por conta de uma disputa de terras que Rogério estaria envolvido. Ninguém acreditava na possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
Assim que os médicos noticiaram a morte de Rogério, a mãe da vítima teve um ataque nervoso e teve que ser medicada. Aos prantos, ela foi retirada do hospital, assim como a mulher de Rogério, que também precisou de calmantes quando soube da morte do empresário. Ela teria presenciado o crime juntamente com uma filha menor do casal.
O cunhado da vítima, Antônio Ricardo, disse que a família tem certeza que foi um crime encomendado. Ele não assegurou que Rogério estivesse sofrendo ameaças de morte, mas confirmou que existia uma rixa antiga por terras envolvendo o empresário. “Nunca ninguém esperou que fosse chegar a isso. Temos certeza que foi crime de encomenda, por rixa antiga”, declarou.
POLÍCIA – O sargento Altamir, da Polícia Militar, foi quem chegou ao local assim que o crime foi cometido. Ele tinha o projétil que atravessou a cabeça do empresário e que será levado para perícia. Altamir disse que a polícia não acredita na possibilidade de assalto. “Vamos ouvir testemunhas e verificar o que conseguimos coletar das características dos criminosos. Não havia segurança no local, mas a possibilidade de assalto está descartada pelo menos por enquanto, pois não levaram nada, mesmo sendo o horário de fechamento do caixa”, explicou.
O delegado-geral da Polícia Civil em exercício, Eduardo Wainer, confirmou que a polícia investiga todas as possibilidades e disse já ter conhecimento sobre a hipótese da disputa por terras. “Foi acionada a equipe de Homicídios, que já está em campo e vamos averiguar todas as possibilidades. Nós temos conhecimento sobre essa hipótese de disputa judicial por terra e também será verificada como todas as outras possibilidades”, afirmou.
O delegado de Homicídios Glauber Lorenzini disse que a polícia está em campo e que nenhuma possibilidade de investigação era descartada. Ele não confirmou a hipótese de rixa por questões de terra. “Estamos investigando questões passionais ou de dívidas, de ser gente de fora. É muito cedo para fazer especulações”, declarou.